DESCENDÊNCIA FAMILIAR
A história diz que os primeiros habitantes europeus que foram despachados do Reino de Portugal para viverem no Brasil eram degredados. Pois, pelo que aí está, é de se supor que a exacerbada quantidade de crimes, de todos os tipos, que são praticados no nosso pobre país, é uma pura questão de origem. Descendência familiar, melhor dizendo. Só falta o DNA, para confirmar a tese.
AMBIENTE FÉRTIL
Arrisco a dizer que, pela quantidade de crimes contra o patrimônio público, grande parte dos descendentes dos degredados que mantiveram a mesma linhagem encontrou, na política, um ambiente fértil para a prática de malfeitos. Se em cargos de governo, melhor ainda.
MISTURA DE ESPÉCIES
Como se não bastasse o número de degredados, tanto daqui quanto de fora, também cresceu, de forma impressionante, a quantidade de incompetentes. Com um agravante: a mistura das duas más espécies (safados e incompetentes) resultou num contínuo processo de prejuízos insuportáveis para os pagadores de impostos.
RACIOCÍNIO LÓGICO
O mundo todo sabe que para construir o raciocínio lógico o conhecimento da matemática é indispensável. Por se tratar de uma ciência exata, a prova dos números dispensa o uso de argumentos. Pois, para desespero nosso, os estudantes brasileiros ficaram nas últimas posições num teste de raciocínio aplicado pela OCDE.
FIM DA FILA
Se a safadeza pode ser provada pela descoberta do crime praticado, a incompetência muitas vezes depende de um teste. Pois, entre 44 países, o Brasil ficou em 38° lugar no teste de solução de problemas matemáticos, aplicado pela Organização para a Cooperação de Desenvolvimento Econômico (OCDE). Que tal?
BAIXA PERFORMANCE
Enquanto os alunos de países que fazem parte da OCDE tiveram média de 500 pontos na avaliação, os jovens brasileiros atingiram, em média, apenas 428 pontos. O relatório mostra ainda que 47,3% dos brasileiros tiveram baixa performance e só 1,8% conseguiu solucionar problemas de matemática complexos.
DECISÕES ILÓGICAS
Fazendo, portanto, uma análise da situação do país assim como da imperiosa dificuldade que temos para sair da atraso, a conclusão é uma só: enquanto os brasileiros não tomarem gosto pela matemática, o raciocínio lógico será nulo. Pior: quem não consegue raciocinar com lógica, por falta de bom-senso acaba tomando decisões ilógicas. Que tal?