ENGANO
Enganam-se aqueles que vêem o futebol, vôlei, basquete e tênis, para ficar só com essas modalidades, como esporte. Na realidade, como atividades competitivas que exigem pagamento de ingressos, faz com que sejam consideradas entretenimentos, espetáculos.
GARIS
Esportes pressupõem a realização de exercícios como educação física. Portanto, caso as atividades profissionais acima sejam consideradas esportivas, o trabalho realizado diariamente pelos garis, por exemplo, deveria entrar na mesma categoria.
COMPETIÇÃO INTERNACIONAL
Partindo deste pressuposto, a Copa do Mundo, que antes de tudo é uma competição internacional, deve ser vista como um espetáculo. E como tal deveria constar como entretenimento. Assim como eram consideradas as lutas entre os gladiadores. A diferença aí está no fato de que o perdedor não é sacrificado com a morte. Embora muitos torcedores assim o desejassem.
ESTÁDIOS
Dito isto vamos ao que realmente interessa: o que mais chama a atenção na preparação de uma Copa do Mundo de Futebol, o mega-espetáculo da bola é, indiscutivelmente, o gasto que o país sede tem com a construção de estádios.
GASTOS ABSURDOS
Além de quantias absurdas que estão sendo gastas, que são comentadas praticamente todos os dias, onde o Estado entra com a maior parte (dinheiro dos contribuintes), o tempo de uso pleno das arenas edificadas se restringe a um curto período de 30 dias, prazo de duração da competição.
COPA DE EDUCAÇÃO
Infelizmente, jamais haveria espaço ou interesse para a realização de uma Copa do Mundo de Educação por aqui. Aí, onde a jornada é longa, as instalações podem ser utilizadas em três turnos, e estrutura seria dotada de grande modernidade tecnológica, a preocupação é simplesmente nula.
PATROCÍNIOS
Já imaginaram o que aconteceria caso o governo e grandes construtoras resolvessem bancar a construção de inúmeras escolas, em todas as partes do país, com o mesmos olhos com que se preocupam com a construção de estádios? Idem de postos de saúde e hospitais? Patrocínios para realização de campeonatos de futebol, vôlei, basquete, tênis, golfe, etc., são fartos. A maioria bancada por empresas públicas (estatais). E todos com verbas polpudas que proporcionam ganhos fantásticos às emissoras de rádio e televisão. O pior é que embora o gasto seja absurdo, os aficionados torcedores mal sabem alguma coisa sobre as regras das modalidades chamadas esportivas. Nem educação recebem sobre o que vêem, lêem, ouvem e apreciam.