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18 out 2012

ENXERGANDO 2013


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PLANEJAMENTO
Quando o final do ano se aproxima, como de praxe governos e empresas tratam de montar seus orçamentos e planos com o propósito de definir as metas e resultados pretendidos para o próximo período.
VONTADE
Pelo que se pode observar até o presente momento, tomando por base a vontade do governo Dilma e a confiança revelada por grande parte do empresariado, quase todos estão muito convencidos de que a economia brasileira deve crescer algo como 4% ou 4,5% em 2013.
PERCENTUAL FIXO
Sem querer ser um estraga-prazer, desde já confesso que não comungo desse sentimento de otimismo, que me parece exagerado. Vale lembrar que tanto para 2011 quanto para 2012, o percentual previsto para o crescimento do nosso PIB também foi o mesmo: de 4% ou 4,5%. Pois, em 2011, como se sabe, a pau e corda o Brasil conseguiu crescer 2,7%. E, para 2012, se tudo der certo até 31/12, o crescimento do PIB deve chegar a míseros 1,5%. De novo: se tudo der certo até lá.
NÚMERO MÁGICO
Ora, confrontando a VONTADE com a REALIDADE, a distância entre ambos, como se vê, tem sido grande e frustrante. Chego a imaginar que, pela repetição do mesmo percentual (4% ou 4,5%) nesses dois últimos anos, trata-se de um número mágico. Nada mais do que mágico. Imagino que apostar neste crescimento deve ser importante para fazer com que a sociedade brasileira fique feliz e confiante de que milagres existem.
A MINHA BOLA DE CRISTAL
Na minha bola de cristal, entretanto, o que aparece no horizonte é bem diferente. Ela pode estar errada, mas nos últimos anos tem acertado bem próximo da mosca, como pode ser conferido em edições anteriores do Ponto Crítico.
NÃO PASSA DE 3%
Pois, ainda que até o final do ano possa rever a minha projeção, o percentual de crescimento que enxergo hoje para 2013 não passa de 3%. E olhe lá.
DEMOLIÇÃO
Razões para tanto não faltam no meu modo de ver: o governo Dilma, além de não promover reformas necessárias, está destruindo, de forma irresponsável, os pilares de sustentação do Plano Real, até hoje a única reforma que o país experimentou.