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01 set 2017

ENORME SEMELHANÇA


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CORROMPO

Por todos os problemas criados, e acumulados ao longo de muitas décadas, no nosso triste Brasil, mais ficamos parecidos com a ilha chamada Corrompo, onde Jonas Gullible, personagem do livro -As Aventuras de Jonas, o Ingênuo-, de Ken Shcoolland, vive uma notável -Odisseia rumo ao Conhecimento-.  

A propósito: quem ainda não leu a magnífica obra sugiro que o faça, urgentemente. Mais: providencie para que seus filhos e amigos leiam.
 


CAPÍTULO 8

Para abrir o apetite desta leitura -obrigatória-, e com isso gerar maior interesse pela comparação daquilo que Jonas viu e acompanhou em Corrompo, publico um Capítulo (8) que escolhi, aleatoriamente, com o título FABRICANDO DINHEIRO. Eis:?


CLIQUE CLAQUE

Jonas, o Ingênuo, ao entrar num dos portões de Corrompo, uma ilha por ele até então desconhecida, onde seu pequeno barco atingido por um forte temporal foi levado, ouviu um ruído -clique claque- de máquinas, que parecia ser de impressoras, que vinha do segundo andar de um prédio de tijolos vermelhos.
 


CASA DA MOEDA

Talvez seja o jornal da cidade, pensou. Que bom! Assim posso ler tudo sobre esta ilha e o seu povo. Talvez até descubra um jeito de voltar para casa. Procurando a entrada do prédio Jonas se deparou com um casal e perguntou onde  ficava a entrada do jornal. A senhora sorriu e disse: - Esta é a Casa da Moeda, não é o jornal. É o órgão mais importante da cidade, pois se trata da fonte da felicidade. As pessoas que aí trabalham imprimem montanhas de dinheiro com o propósito de fazer as pessoas felizes.
 


CONSELHO DOS LORDES

Jonas imaginou, imediatamente, que ali poderia estar a solução para sair da ilha. Poderia comprar, quem sabe, uma passagem em algum navio. Ainda surpreso disse ao casal: - Isso parece ser uma grande ideia. Talvez eu possa imprimir algum dinheiro e…
Ah, não - censurou o homem, de dedo em riste: - Isso é impossível. Qualquer um que imprima dinheiro sem ter sido incumbido disso pelo Conselho dos Lordes é condenado por falsificação e jogado atrás das grades. Quando os falsificadores imprimem dinheiro e gastam-no, o dinheiro deles invadem as ruas e tira o valor do dinheiro das outras pessoas, arrematou.


GENEROSOS

Jonas franziu a testa e disse: - pensei que o senhor havia dito que imprimir montanhas de dinheiro torna as pessoas felizes.
Sim, é verdade, respondeu a mulher - contanto que seja impressão oficial de dinheiro. O homem, mostrando a sua carteira recheada, completou: se isto for oficial, então não é falsificado. Quando o dinheiro é oficial, aqueles que o emitem não são ladrões. Na verdade, os que gastam o dinheiro são os membros do nosso Conselho dos Lordes. E eles são muito generosos, pois gastam o dinheiro em projetos para as pessoas leais que gentilmente votam neles. 


MUITO SATISFEITOS

Olhando para Jonas perguntaram, em coro: - Você não votaria neles?  Sem responder Jonas perguntou: - O que acontece com os salários, as economias e as aposentadorias de todo mundo? Vocês tinham dito que diminui quando mais dinheiro é impresso. Isto também acontece quando é o governo que imprime dinheiro? E todos ficam satisfeitos com isso?

É claro que ficamos sempre muito satisfeitos quando os Lordes têm mais dinheiro para gastar conosco. Há tantas necessidades prementes a serem satisfeitas... as necessidades dos trabalhadores, dos desafortunados e dos idosos.
 


AZAR E O CLIMA

Prosseguindo, a mulher explicou que "Os Lordes são muito escrupulosos em busca das origens dos nossos problemas na Ilha. Eles concluíram que as principais causas das nossas dificuldades são o AZAR E O CLIMA. Sim, o azar e o clima são a causa dos aumentos de preços e da queda do padrão de vida. Mais: não esqueça dos estrangeiros, Principalmente os estrangeiros. A nossa ilha é rodeada por inimigos que tentam arruinar a nossa economia com os elevados preços das coisas que vendem. O elevado preço da querosene deles certamente será a nossa ruína".

Ou os preços baixos, acrescentou. Eles estão sempre tentando nos vender alimentos e vestuário a preços prejudicialmente baixos. Ainda bem que o nosso Conselho dos Lordes trata-os com rigor. 


SORTE

Sorte que temos um Conselho sábio para decidir o que é bom para nós, disse a mulher, satisfeita. Espero que nos desculpe, meu jovem. Temos um compromisso com o nosso gerente de investimentos, no banco. Seríamos tolos se perdêssemos a atual onda de entusiasmo com os negócios de compra de terra e metais preciosos. Coitados dos pobres que não aproveitaram o boom como nós aproveitamos. 

Que tal?