REFORMA DA PREVIDÊNCIA PÚBLICA

Como os leitores/assinantes estão fartos de saber, além deste editor e do professor Ricardo Bergamini, é difícil encontrar mais alguém que tenha se preocupado tanto em mostrar o quanto a Previdência Social do Brasil precisa passar por uma reforma.

INJUSTIÇA SOCIAL

Matematicamente, sem qualquer ranço ideológico, o que o Sistema Previdenciário vem produzindo ao longo de muitos anos é uma completa, dramática e lamentável INJUSTIÇA SOCIAL, jamais vista neste pobre Brasil.

ROMBOS

Pois, enquanto a Previdência do Setor Privado, conhecida como Regime Geral de Previdência Social (RGPS), não para de contabilizar sucessivos rombos anuais de quase R$ 50 bilhões, a Previdência dos Servidores Públicos da União, ou Regime Próprio de Previdência Social (RPPS), cujo rombo anual consegue ser ainda maior, pode estar perto de ter o mesmo tratamento.

PROJETO

Pelo projeto que tramita no Congresso Nacional, a reforma da Previdência Pública que o governo está querendo fazer, mesmo não sendo a ideal que o país implora, ainda assim propõe o fim da maior estupidez já praticada contra os pagadores de impostos deste nosso país, qual seja a APOSENTADORIA INTEGRAL. Em outras palavras: faria com que os aposentados do setor público deixassem de receber a integralidade dos salários, como se estivessem na ativa.

APOSENTADORIA COMPLEMENTAR

Caso os nossos deputados federais e senadores ainda sejam portadores de um mínimo de bom senso e espírito de justiça, quem sabe aí está o primeiro passo para uma reforma previdenciária mais abrangente e correta. Vejam que, se aprovadas, as novas regras dariam aos funcionários públicos federais o mesmo tratamento dispensado aos trabalhadores da iniciativa privada, cujo benefício máximo, hoje, é de R$ 3.691,74. A partir daí tudo fica por conta da aposentadoria complementar.

CENTRAIS DO ATRASO

Mesmo levando em conta que as Centrais Sindicais não aceitem as mudanças é difícil que qualquer cabeça que tenha algum resquício de sabedoria e defenda princípios de honestidade se coloquem contra ao que diz o projeto. Este projeto, para deixar bem claro, daria por encerrada a existência de duas Previdências Sociais no país: uma, de Primeira Classe, que serve os servidores privilegiados; e, outra, de Segunda Classe, para os pobres mortais.

REVOLUÇÃO DOS BICHOS

Aliás, pelo que disse o secretário de comunicação da Confederação dos Trabalhadores do Serviço Público Federal (Condsef), Sérgio Ronaldo, de que NÃO SE PODE TRATAR DE FORMA IGUAL OS DIFERENTES, é isto mesmo. Pois é, gente. No livro de George Orwell - A Revolução dos Bichos, consta que quando alguns animais passam a receber algum tipo de privilégio, entendem que são mais iguais do que os outros. Que tal? É o caso, não é mesmo?