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12 fev 2009

EFEITOS COLATERAIS


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MENTES AFETADAS
Tenho a impressão de que a atual crise econômica global não está afetando somente o bolso e o emprego dos mais atingidos. Muitas mentes já identificam sinais de graves perturbações, pelas manifestações de falta de compreensão sobre os motivos que nos levaram a atual situação.
RECUPERAÇÃO LENTA
Uma delas, que parece não ter sido bem entendida por este mundo afora, é que não há a mínima possibilidade das economias voltarem a apresentar, rapidamente, o desempenho vigoroso mostrado antes da chegada desta crise global.
CRÉDITO
Para que isso voltasse a acontecer seriam necessárias outras medidas irresponsáveis que pudessem produzir uma nova bolha, com igual tamanho e força daquela que provocou a atual crise global. Como o crédito, daqui para frente, deverá ser concedido sob regras mais rígidas e cuidados melhor estudados, além de seletivo terá prazos mais reduzidos.
LONGE DAS BOLHAS
Como nem o mercado nem os bancos vão querer ouvir falar de bolhas por um bom tempo, as economias deverão apresentar comportamentos mais comedidos. Isto não significa que as economias vão deixar de crescer. Mas, por algum tempo, até que os mercados voltem a operar com mais fluidez, e a confiança recuperada, o crescimento não será acelerado.
PROTECIONISMO
O mais preocupante é que um perigoso ingrediente está sendo colocado em prática por diversos países: o protecionismo. Esta prática nefasta, lamentavelmente, vai dificultar ainda mais o retorno do crescimento sustentado da economia global.
TIRO NO PÉ
Imaginando que o protecionismo tem o poder de salvar empregos, o que não passa de um tiro de canhão no pé, o fato é que tal pensamento e procedimento já domina as mentes de muitos agentes internacionais.
PRODUÇÃO INDUSTRIAL
Resultado: A produção industrial não para de despencar em muitos países. Só na zona do euro registrou queda de 12% em dezembro de 2008, com relação a dezembro de 2007, segundo dados de hoje da agência Eurostat. O maior declínio desde que os registros começaram, em janeiro de 1990. É aí que tudo se complica ainda mais.
A BOA ATITUDE DE LULA
Felizmente, o presidente Lula criticou, ontem, durante o almoço com o presidente da Namíbia, Kifikepunye Pohamba, a volta do protecionismo dos mercados dos países ricos durante a crise financeira internacional. Segundo Lula, os países emergentes estão dando exemplo de que a saída para a crise é incrementar o comércio internacional.