JUSTIÇA
Neste editorial especial de aniversário do Ponto Crítico, ao agradecer as centenas de manifestações carinhosas que me foram enviadas até o presente momento, informo que vou festejar, junto com todos aqueles que clamam por justiça, a condenação dos corruptos envolvidos no Mensalão. Aqui entre nós: esta magnífica condenação imposta pelos ministros do STF precisa ser festejada, não?
HONESTIDADE
Por formação, e por usar constantemente o discernimento, entendo que nem tudo que é justo e/ou legal é considerado honesto. Os povos civilizados, cujos indivíduos são providos do discernimento, sabem bem o que é honestidade. Esses não agem, portanto, baseados estritamente nas leis escritas, mas de acordo com a lei que emana de suas consciências.
JULGAMENTO
De novo: onde a honestidade está presente, não se discute o legal. Já quem se decide pela prática de uma ou mais injustiças também sabe muito bem que, mesmo quando amparado por lei está praticando o mal. A partir daí compreende que mesmo livre de prisão acabará julgado pelos honestos.
LIBERALISMO
Foi assim que fui educado. Conheço os meus limites. Sei, perfeitamente, por exemplo, o que significa direito de propriedade. Da mesma forma que não admito que avancem sobre o que me pertence, também respeito o que é do próximo. Este é, aliás, um dos pilares sobre o qual se sustenta o liberalismo.
AS VÍTIMAS
Pela reação que alguns condenados no processo do Mensalão estão mostrando temos a impressão clara que os facínoras têm discernimento. Sentimento este, no entanto, de que ao praticar seus crimes partem do princípio que os safados são, exclusivamente, as vítimas. Neste caso, como se vê, as vítimas somos nós, os imbecis.
TEORIA DO DOMÍNIO DOS FATOS
Ontem, depois que tomei conhecimento da carta escrita e lida pelo condenado e perigoso José Genoíno, cheguei a uma única conclusão: a TEORIA DO DOMÍNIO DOS FATOS indica que os eleitores de Lula e Dilma deveriam ir imediatamente para a prisão.
ELEITORES CULPADOS
Afinal, se os condenados, depois do escore acachapante ainda se declaram inocentes e injustiçados, aí a culpa cabe, exclusivamente aos eleitores. Data venia, desta prisão eu escapo. Ainda assim, não estou livre das perseguições dos safados.