GM

Não foram poucos os comunicadores de todos os cantos do país que, cheios de ironia, gozaram e criticaram o capitalismo americano quando veio a notícia de que o governo Obama havia adquirido o controle acionário da GM.

TÉCNICOS

O propósito dos irônicos, como ficou evidente, não era conhecer o assunto nem explicar melhor o caso. O que aconteceu de fato é que, ao assumir o controle acionário da GM, o governo americano não manifestou interesse em administrar a empresa. Afinal, em país desenvolvido isto cabe exclusivamente aos técnicos e não aos políticos.

DESCONHECIMENTO PROPOSITADO

Mesmo assim o que chama muito a atenção é que os irônicos e incapazes comunicadores também não querem conhecer o que se passa realmente dentro das nossas empresas estatais. Principalmente na Petrobrás, onde uma CPI ainda pode vir a acontecer.

TOMARAM O PODER

Não é possível que esses pobres comunicadores, que se dizem tão atentos, ainda não se convenceram de que tais empresas já deixaram de ser do povo brasileiro. Faz tempo que os próprios funcionários, e os políticos, se apoderaram das estatais brasileiras.

POSSEIROS

Agindo tal qual os posseiros de terras invadidas, tanto os funcionários quanto os políticos não são nem querem ser os proprietários das ações. Até porque isto os obrigaria a desembolsar recursos para adquirir o controle acionário, como acontece nas privatizações.

MUITOS POLÍTICOS

Portanto, Petrobrás, Banco do Brasil, Caixa Econômica, Eletrobrás Correios, etc, por serem estatais, são administradas por alguns técnicos e muitos políticos. Sem qualquer ponta de ironia, o custo que os políticos impõem à todas elas é algo impressionante. Nenhuma empresa privada poderia se manter com esse tipo de administração.

ESTATIZAÇÃO DEFINITIVA

É mais do que óbvio que uma CPI não elimina a safadeza pública. Isso jamais aconteceu. O instrumento só consegue o escancaramento. A força que o PT e seus aliados estão fazendo para impedir a CPI mostra o quanto de safadeza existe na Petrobrás. Já que a privatização da Petrobrás é simplesmente impossível, nada melhor e mais decente de que estatizá-la de uma vez por todas. Imediata e definitivamente. Que, ao menos, a empresa seja devolvida para seus legítimos donos: os cidadãos brasileiros.