VÍDEOS
Ontem, assim como muitos brasileiros certamente também fizeram, dediquei algumas horas do dia para assistir, com o máximo de atenção, alguns dos tantos vídeos que foram liberados pela Justiça, frutos de fartos depoimentos e/ou delações feitas por dirigentes da Odebrecht implicados na Operação Lava-Jato.
INOCENTES E SURPRESOS
Pois, ao mesmo tempo em que ouvia, com muita atenção, os depoimentos prestados pelos delatadores, percebia que boa parte daqueles que aparecem na -Lista de Janot- se diziam, de forma unânime, que além de INOCENTES estavam SURPRESOS com o fato de virem a ser INVESTIGADOS por eventuais envolvimentos com corrupção.
EQUÍVOCO
Ora, como não são apenas alguns, mas todos, que se dizem INOCENTES e SURPRESOS, tudo leva a crer que o ministro Fachin cometeu um grave erro: ao invés de liberar a LISTA DOS SUSPEITOS, o ministro liberou, equivocadamente, a LISTA DOS INOCENTES. Só pode.
ANSIEDADE
Como estou por demais interessado em saber quais políticos cometeram crimes de corrupção, o que mais espero, com enorme ansiedade, é uma rápida reparação da Justiça. Ou seja, exijo, imediatamente, a liberação da LISTA CORRETA, onde constam os verdadeiros SUSPEITOS que deverão ser investigados.
SÓ NO LONGO PRAZO
Entretanto, partindo do pressuposto que os delatores falaram a verdade, o que se pode projetar para o nosso pobre país no curto e médio prazos não é nada promissor. A digestão destas graves exposições não será uma tarefa fácil, diante da fragilidade e forte contaminação do organismo institucional. Ainda assim, para que algo de bom aconteça no longo prazo, urge que boas e precisas decisões sejam tomadas. O que é pouco provável, face ao que existe no quadro político atual.
REFUNDAÇÃO
Mais do que nunca, o que o Brasil mais precisa neste grave momento, é que desta vez prevaleça, exclusivamente, a lógica do raciocínio, e não a lógica do emocional. Se a maioria dos brasileiros estiver disposta, esta é a hora precisa para tratar da REFUNDAÇÃO do Brasil. Pode levar algum tempo, mas se bem feito pode mudar, de forma grandiosa, o nosso destino.
MANIFESTO À NAÇÃO
Falo, categoricamente, em NOVA CONSTITUIÇÃO, gente. Aliás, pelo que li recentemente na coluna de opinião do Estadão, foi lançado um Manifesto à Nação - que impõe a mobilização da sociedade por uma Constituinte originária e independente, assinado por Modesto Carvalhosa, Flávio Bierrenbach e José Carlos Dias.
OBSTÁCULO PERVERSO
A Constituição de 1988, como bem informa o artigo, transformou a burocracia num obstáculo perverso ao exercício da cidadania. Ela é fruto de um momento histórico bastante peculiar, o fim de um regime de exceção, que não corresponde mais à realidade do Brasil; representa um conjunto de interesses e modelos que já em 1988 estavam em franca deterioração no mundo civilizado.