PESO DO FISCO
Não é preciso recorrer ao relatório Doing Business, divulgado anualmente pelo Banco Mundial, para saber que o empresário brasileiro é o que mais trabalha para pagar seus impostos. Entretanto, mesmo sabendo do tamanho da tortura é recomendável a leitura do relatório para poder comparar com o que acontece no mundo.
DOING BUSINESS 2010
Sempre que comento a nossa baixa competitividade e o excesso de burocracia, não falta quem me veja como um crítico exagerado, que não pensa positivamente. Pois, para mostrar, mais uma vez, que não há qualquer exagero nas minhas observações, o Doing Business ? 2010, informa que o empresário brasileiro trabalha 2.600 horas a cada ano para pagar seus impostos. Ou seja, o maior patamar verificado em um conjunto de 183 países analisados.
COMPARAÇÃO
Os países que estão mais próximos do Brasil são: Camarões (1.400 horas), Bolívia (1.080 horas) e Vietnã (1.050 horas). Enquanto isso, nos Emirados Árabes é preciso trabalhar apenas 12 horas para acertar contas com o fisco. E na Suíça, 63 horas. Só para se ter uma idéia do quanto estamos mal, a media da América Latina é de 563 horas. Que tal?
LULA SUBDESENVOLVIMENTISTA
Ora, diante desta realidade incontestável, que infelizmente não consegue ser reconhecida pela maioria dos brasileiros por falta de escolaridade, o nosso presidente Lula ainda quer voltar para o passado. Depois da descoberta do Pré-Sal já definiu que o seu modelo preferido é o nacional-subdesenvolvimentista.
BUROCRACIA
Além do peso dos impostos, eis o que diz o Doing Business: no Brasil, a burocracia requer 16 procedimentos. Logicamente, entre os mais elevados no mundo. Aqui, a abertura de um negócio leva cerca de 120 dias, enquanto que a média da América Latina é de 45,5 dias.
POSITIVO
Um dos pontos que o relatório aponta como positivo para o Brasil é com relação ao comércio exterior, cujos resultados são melhores do que a média latino-americana: 12 dias contra 19,9. O custo, no entanto, é mais elevado: US$ 1.540 por contêiner, contra US$ 1.309,80 na região.
DÁ-LHE, URIBE
Como não poderia faltar o item que trata das REFORMAS, o Banco Mundial destaca que, mesmo em um ambiente de crise, 70% das 183 economias analisadas no relatório fizeram algum tipo de reforma no período de junho de 2008 a maio de 2009.A Colômbia, que é MUITO detestada pela turma do Foro de São Paulo, ou Unasul, se preferirem, é o único país da América Latina na lista dos dez maiores reformadores. Dá-lhe, Uribe!