ASSUNTO DA HORA
O assunto preferencial, tanto da mídia brasileira quanto latino-americana da semana passada toda, notadamente dos países cujos governantes comungam da mesma ideologia castrista, ou bolivariana, para ser mais contemporâneo, foi o adiamento da posse do ausente Hugo Chávez como presidente eterno da Venezuela. Para não deixar passar em branco resolvi contribuir com a história, registrando, também, o meu ponto de vista sobre o que está acontecendo no EIXO COMUNISTA LATINO.
QG DO COMUNISMO LATINO
Como as televisões mostraram, as rádios replicaram e os jornais registraram, a sede do governo da Venezuela foi transferida para Havana, capital de Cuba, que é, desde 1959, a sede oficial do QUARTEL GENERAL DO COMUNISMO LATINO. Com isso, a cidade de Caracas passou a funcionar como uma mera sub-sede do governo venezuelano. Virou local destinado para manifestações públicas e/ou para rezas pela recuperação da saúde do moribundo líder comunista.
INTERPRETAÇÃO COMUNISTA
Como foi possível observar, de forma clara e transparente pelas manifestações, discursos e comunicados, pouco importa o que está escrito na Constituição da Venezuela. O que pesa e tem real valor é a interpretação dos comunistas (leia-se aí todos os líderes dos países que apoiam, incondicionalmente, o ideológico programa bolivariano, como é o caso do Brasil, Uruguai, Bolívia, Equador, Nicarágua e Argentina). Só esses tipos ideológicos enxergam as palavras que nenhum democrata consegue, nem mesmo usando as mais potentes lupas.
MUDANÇA PARA CUBA
Se o eterno presidente Chavez já havia se transferido de mala e cuia para Cuba para tratar de sua frágil saúde, ao longo desse extenso período também a sala do governo venezuelano foi sendo montada em Havana. No mesmo endereço da sede do governo cubano, no qual há mais de 50 anos vivem e mandam os irmãos Castro.
POMBO-CORREIO
Nas últimas semanas, agindo da mesma forma como só os comunistas em geral se comportam, sonegando tudo ao povo, o vice-ditador eleito, Nicolás Maduro, passou a desempenhar o papel de Pombo-Correio, fazendo o leva e traz, de Cuba para a Venezuela e vice-versa, de tudo que o povo precisa se lembrar a todo momento.
DO HOSPITAL OU DO CEMITÉRIO
Esta estratégia é o bastante para iludir o pobre povo latino americano e assim manter intacto o programa bolivariano. Sem saber se o ditador está vivo ou morto, o pobre povo venezuelano imagina que Hugo Chávez está vivo, atento e lúcido. Assim, sem imagens do ditador, ninguém fica sabendo se as ordens estão sendo emitidas diretamente do hospital ou do cemitério, o que parece mais provável.
CUIDANDO DA AMÉRICA LATINA
Aliás, a única coisa que de fato é muito sabido é que todos aqueles que especulam ou sugerem que o estado de Chávez é terminal precisam ser punidos com rigor. Principalmente, a mídia venezuelana, que está proibida de falar sobre aquilo que não vê. Especular, portanto, é crime. Com o se vê, Cuba é hoje um grande hospital. Cuida, com a mesma intensidade e igualdade, tanto da doença grave de Chávez quanto da política e da economia da Venezuela. É de Cuba que emanam as ideias, medidas, tratamentos e remédios, cujo propósito é único: impedir que o ALEIJADO capitalismo avance minimamente na região.