SETOR CRIME EM DESTAQUE
Recentemente, mais precisamente no editorial de 9/3 -A NOVA COMPOSIÇÃO DO PIB BRASILEIRO-, manifestei, com grande tristeza, que a primeira medida que Lula tomou como presidente do Brasil, foi colocar, com grande destaque, a partir deste ano de 2023, no cálculo do PIB BRASILEIRO, o relevante desempenho do SETOR CRIME.
QUARTO SETOR
Assim, além do que apuram os -TRÊS SETORES DA ECONOMIA-: 1-PRIMÁRIO (que diz respeito à AGRICULTURA, PECUÁRIA E EXTRATIVISMO); 2- SECUNDÁRIO (que corresponde à INDÚSTRIA; e 3- TERCIÁRIO (que agrega os SERVIÇOS, formais ou informais, assim como as atividades COMERCIAIS)- entra no cálculo o forte desempenho SETOR CRIME, ou QUARTO SETOR, o qual já antecipa que terá um ano de muito sucesso.
LULA E A DEFESA DO CRIME
A propósito, quem também pensa, e escreve, da mesma forma é o brilhante jornalista J. R. Guzzo, no seu texto LULA E A DEFESA DO CRIME, publicado no Estadão de ontem, 19. Eis:
Não existe nenhuma desgraça que oprima tanto e de forma tão direta a população brasileira, sobretudo os mais pobres, quanto o crime. Num país em que o governo diz 24 horas por dia que é “popular”, que cuida dos “menos favorecidos”, etc. etc. essa deveria ser a prioridade das prioridades: dar um pouco mais de segurança pessoal para o cidadão que trabalha, paga imposto, respeita a lei e, muitas vezes, sustenta uma família. Mas o que acontece no mundo das realidades é exatamente o contrário. A noção de “segurança”, para o governo Lula, é fornecer conforto, proteção e apoio aos criminosos, principalmente os que estão nas prisões; a ideia fixa do presidente e do seu Sistema é proteger os direitos de quem praticou crimes, e não os direitos de quem sofre diariamente com eles. Num país que teve quase 41.000 assassinatos no ano passado, a preocupação do governo é o bem-estar de quem matou, e não de quem foi morto; o bem mais precioso que o Estado tem a obrigação de defender, a vida humana, é tratado publicamente como lixo pelo governo, e a sua defesa é excomungada como coisa “de direita”, “fascista” e daí para baixo. Do direito a não ser roubado, então, é melhor nem falar nada.
CONTRATAÇÃO DE MAIS UM DESASTRE
A última prova desta opção oficial pelos criminosos e pelo crime é a ressurreição do “plano de segurança”, que vigorou no Brasil entre 2007 e 2016 e durante o qual, entre outras calamidades, o número de homicídios aumentou 30%. É um desses casos, medidos numericamente, em que o governo age de maneira concreta em favor do crime. Com a deposição do PT e a eliminação do “plano”, o número de assassinatos começou a cair imediatamente, e continuou caindo sem parar até dezembro de 2022; continua sendo um dos mais altos do mundo, mas só nos últimos cinco anos foram 18.000 homicídios a menos, ou 18.000 vidas salvas. Lula anuncia, agora, a retomada do projeto que deu errado – errado para o povo brasileiro, e certo para os criminosos. Suas taras são perfeitamente conhecidas. Soltar gente que está presa, para diminuir a “superpopulação” das penitenciárias. Em vez de dar verbas para a polícia (que, segundo Lula, tem de ser mais “civilizada”) forrar de dinheiro as “ONGs” que se dedicam à proteção de presidiários. Desarmar os cidadãos que têm armas compradas legalmente – e por aí se vai.
“As cadeias estão cheias de gente inocente no Brasil”, disse Lula ao relançar o “plano”. É isso, com toda a tragédia que está aí, que o presidente da República tem a dizer para os brasileiros em matéria de segurança: que o problema do Brasil é a “injustiça” com os presos, e não os assassinatos, roubos e estupros. É a contratação de mais um desastre.
ESPAÇO PENSAR +
Leia no PENSAR+ de hoje: JUSTICEIROS SOCIAIS, por Alex Pipkin. Confira aqui: https://www.pontocritico.com/espaco-pensar