FEIRÃO DE IMÓVEIS
A Caixa Econômica Federal, que de forma costumeira promove Feirões de Imóveis pelo Brasil afora, realizou um desses mega-eventos num recente final de semana de maio, em Porto Alegre.
ATITUDE DA CAIXA
Sem ter nada para fazer resolvi conferir algumas coisas: 1- o que estava sendo colocado à venda; 2- os preços praticados; e, 3- qual a atitude da Caixa quanto ao financiamento dos imóveis ofertados.
OPORTUNIDADE DE COMPRA
Pois, pela forma com que os corretores oferecem os mais diferentes imóveis, dizendo aos potenciais compradores que precisam se decidir rapidamente para não perder a oportunidade de compra, aí o que mais funciona é o impulso.
COMPRA POR IMPULSO
Comprar um imóvel por impulso, mais do que sabido, já é uma temeridade. Mas, o pior de tudo vem a seguir: engana-se quem imagina que a Caixa Econômica estava lá para avaliar a condição financeira e econômica dos eventuais compradores.
CRÉDITO ÀS CEGAS
A ordem, pasmem, era dar crédito a todos que foram até o local do evento. Para os funcionários da Caixa, pouco ou nada importava se havia interesse na compra de algum imóvel. Bastava encostar a barriga no balcão da Caixa para sair dali com crédito aprovado. Pode?
OLHANDO O FUTURO
Depois dessa, como já havia obtido as respostas que precisava, resolvi cair fora do local do evento. Antes, porém, ainda dei uma olhada rápida em direção ao futuro, tipo uns dois anos à frente, na tentativa de enxergar o resultado da minha visita ao Feirão.
DEVOLUÇÃO EM MASSA
Foi quando vi esses inúmeros compradores querendo devolver seus imóveis adquiridos por impulso. Como a fila que estava ao alcance dos meus olhos imaginários estava longa, me deu a entender que outros tantos estavam ali querendo renegociar suas dívidas para o dia de São Nunca. E a Caixa-Mãe concordava com tudo.... Pode?
BOLHA IMOBILIÁRIA
Como se vê, o Brasil também está construindo a sua Bolha Imobiliária. A diferença em relação às demais é que o nosso sistema financeiro como um todo, diferente do que aconteceu nos EUA e na Europa, não será afetado. Aqui, quem vai se transformar numa enorme imobiliária será a Caixa Econômica Federal, que passará a ter a maior carteira de casas e apartamentos do mundo.