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09 abr 2014

CONSTRUINDO SOLUÇÕES - 1


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27º FÓRUM DA LIBERDADE
Como não quis arredar pé do Centro de Eventos da PUC/RS, local onde foi realizado o 27º Fórum da Liberdade (07 à noite, e ontem, 08, o dia todo), deixei de escrever o editorial de ontem. Pois, para compensar, escrevo dois editoriais analisando e interpretando o que vi e ouvi ao longo do importante evento.
MÚSICA
Antes, porém, uma confissão: o Fórum da Liberdade, independente da edição, é o ÚNICO evento realizado no RS no qual se fala, com total franqueza e enorme fluidez, o idioma LIBERAL. Como liberal convicto faço questão de salientar que as palavras ditas por aqueles que defendem a liberdade soa como música nos meus ouvidos. Mais: música da melhor qualidade. Do tipo que não se cansa de ouvir.
NEVERLAND
Ainda assim, por mais que palestrantes em geral, a despeito de tudo que estamos passando, façam questão de dizer que é preciso acreditar que uma mudança neste Brasil apodrecido pelo PT é possível, não me deixo levar pela ilusão. No fundo, liberalismo e/ou capitalismo, no Brasil, não passa de uma utopia e/ou sonho. Se não trilharmos o caminho do socialismo, que está se desenhando, voltamos ao velho mercantilismo. Somos, indiscutivelmente, em termos de liberdade, a Terra do Nunca. Neverland.
LIBERTAS
Já que estamos falando em Liberalismo e sua importância decisiva para o desenvolvimento, vejam só o que revela o Índice de Liberdade Econômica 2014 no Brasil, produzido pela Fundação Heritage (The Heritage Foundation), em parceria com o The Wall Street Journal: No estudo deste ano, o Brasil caiu da 100ª posição (em 2013) para 114ª, no ranking de liberdade econômica em 2014, com um índice de 56,9 - abaixo da média mundial de classificação (de 60,3), entre os 178 países avaliados. O resultado é 0,8 pontos abaixo do ano passado, com declínio em termos de liberdade de trabalho, liberdade monetária, liberdade fiscal e livre comércio. O destaque fica para países como Hong Kong (1º), Cingapura (2º), Austrália (3º), Suíça (4º), Nova Zelândia (5º) e Canadá (6º).
RENDA PER CAPITA
Os dados apontam que quanto maior for a liberdade econômica, maior será também o desenvolvimento do país. Segundo Ricardo Sondermann, presidente do Instituto Liberdade, os países que encabeçam o Índice, que são considerados livres economicamente, possuem uma renda (per capita) média de 45 mil dólares. Já o grupo onde encontra-se o Brasil, possui uma renda média de 5 mil dólares/ano. Que tal?
PRÊMIO LIBERTAS
O agraciado com o Prêmio LIBERTAS desta edição foi o ex-presidente do Banco Central, Gustavo Franco. Entre várias considerações e ironias sobre a economia brasileira, Franco disse que a ilusão de poder econômico do País, tem sido compartilhada de forma equivocada pelo Governo. Mais: - O Brasil sempre teve um pensamento muito lúdico na economia. Achávamos que poderíamos nos endividar e, cedo ou tarde, um tesouro seria descoberto embaixo da terra, ironizou. Quanto à dívida pública brasileira, Franco entende que os valores são controversos. Enquanto o FMI indica um índice de 68% do PIB, para o Ministério da Fazenda não passa de 36%. Mesmo assim sentencia: é um percentual enorme para um país emergente. Da forma com que o Governo comunica esse tipo de informação para a população parece que a situação é confortável, concluiu.
REVOLUÇÃO DE 1964
Eis a contribuição do Pensador Ricardo Bergamini, sobre as causas da Intervenção Militar de 1964, que referi no editorial anterior:1) Cabe lembrar que que a Revolução foi pedida e apoiada por 100% da imprensa (vide editoriais no sítio abaixo): http://www.ricardobergamini.com.br/portal/index.php?option=com_content&view=category&id=29&Itemid=31 2) Havia racionamento de energia elétrica e alimentos. 3) Os marinheiros estavam insubordinados planejando a tomada dos quartéis. Atenção: Hoje a imprensa se coloca como se tivesse sido inimiga da Revolução, o que não foi verdade. Uma vergonha, completa Bergamini. Mais: para exemplificar a situação da Revolução em 1964 podemos comparar com os dias atuais vividos por Cuba, Venezuela, Bolívia, Equador, Argentina e do Brasil em 2015.