Artigos

12 ago 2010

COMO RESOLVER A DESIGUALDADE SOCIAL


Compartilhe!           

SEM REFORMAS
Ontem foi a vez de José Serra ser sabatinado pelo JN. Mesmo que a sua participação tenha sido boa, os entrevistadores mais uma vez não perguntaram sobre as pendentes reformas que o Brasil necessita para sair da toca reservada aos países do terceiro, quarto ou quinto mundo.
RACIOCÍNIO
É preciso levar em consideração que a entrevista é curta (apenas 12 minutos). Além disso, como o JN atinge todas as classes sociais do país, é certo que nem todos os telespectadores tem a mesma capacidade de raciocínio. A maioria, aliás, sequer raciocina, melhor dizendo.
FORO DE SÃO PAULO
Assim, muita coisa que cada telespectador gostaria de saber, os âncoras do JN não tem como perguntar aos candidatos. Vejam, por exemplo, o que aconteceria se o JN perguntasse à candidata Dilma se ela, por ser petista, governaria em linha com os propósitos defendidos pelo Foro de São Paulo, do qual o PT é fundador.
ASSISTENCIALISMO
Como mais de 90% dos brasileiros não tem a mínima idéia do que é o Foro de São Paulo, nada mais óbvio que também desconheçam os seus propósitos. Da mesma forma, a grande maioria dos brasileiros não sabe que o país necessita de reformas. Aliás, quem jamais experimentou o raciocínio, o assistencialismo cai como uma luva. Sabendo disso, os candidatos prometem benefícios. E são muito aplaudidos.
DESIGUALDADE SOCIAL DE DILMA
Estou muito convencido, por exemplo, de que a candidata Dilma ganhou muitos admiradores quando disse que pretende diminuir a desigualdade social. No entanto, essas mesmas pessoas não sabem que basta fazer duas ou três reformas para que o Brasil seja bem mais igual socialmente.
PREVIDÊNCIA
Começando pela reforma da Previdência, gente. Com uma correta cirurgia na previdência, a super hemorragia de dinheiro público (rombo) poderia ser estancada. Ali está, sem dúvida, a maior de todas as causas da tal desigualdade social mencionada por Dilma Rousseff. Anotem aí: Se o rombo da Previdência dos Funcionários Públicos (cujo universo é de 938 mil pessoas), consegue ser muito maior do que o rombo da Previdência do INSS (cujo universo é de 27 milhões de pessoas), esta absurda injustiça informa, claramente, quem é o maior responsável pela tal de desigualdade social do país.
ROMBOS
O rombo é tão expressivo, tão significativo, que muita gente não dá ouvidos para o assunto imaginando que o informante deve ter enlouquecido, ou trata-se de um psicopata pra lá de irresponsável. Ninguém, de sã consciência, imagina que a soma dos rombos das duas Previdências, só para este ano de 2010, será de R$ 110 bilhões. Estes rombos só não são gêmeos porque a conta que atende o setor público, que tem um número quase que insignificante de aposentados e pensionistas (938 mil)) deve atingir R$ 53 bilhões; e a conta que atende ao grupo maior (27,5 milhões), do INSS, será de R$ 47 bilhões. Pode?Ora, quem fala em desigualdade social com tanta ênfase, como é o caso da estúpida candidata Dilma, porque não se interessou em fazer a reforma da Previdência acabando, em primeiro lugar com a classe de privilegiados? Por quê? Ao não se interessar pelo grave assunto parece estar contente com a desigualdade social. Afinal, quem paga a conta dos rombos?