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06 mai 2011

CASO ENCERRADO


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SEM REFORMAS
Se, na cabeça de algum brasileiro, ainda existe a esperança de que ao menos uma das reformas que o Brasil pede e necessita, depois de tantos seminários, reuniões e discussões uma coisa já está decidida: caso o país esteja se afogando por falta de competitividade a ordem é deixar que morra, ao invés de admitir que uma bóia seja lançada como última tentativa de salvá-lo.
CARTAZ PENDURADO
Ora, como isto já está decidido, de forma pétrea, qualquer discussão a respeito tem o mesmo efeito do que falar com as paredes. Insistir no tema, ou nas reformas, está fazendo com que os mais insistentes sejam conhecidos como gente desmiolada, louca e insensata. Não demora deverão ser obrigados a carregar cartazes pendurados ao pescoço com dizeres: NÃO LEVE A SÉRIO O QUE DIGO. SOU DOENTE MENTAL. Podem crer.
REFORMA TRIBUTÁRIA
Entre as reformas mais urgentes (não todas as necessárias) estão a da Previdência, a Fiscal, a Tributária e a Trabalhista. Destas, a única que ainda poderia ter algum avanço (sem garantia de sucesso) seria a reforma Tributária. Graças, ainda assim, ao envolvimento de várias entidades empresariais interessadas no assunto.
SOCIEDADE PERDIDA
Como tudo esbarra no risco de uma perda de receita, os governantes não aceitam coisa alguma. Mais: fazem de tudo para abortar as ideias e propostas emanadas pela sociedade mais organizada. Que, por sinal, anda muito tímida e perdida nas suas reivindicações.Isto prova de forma clara e indiscutível que a carga tributária do país jamais sera reduzida. Digo isto sem qualquer exagero, gente.
RACIOCÍNIO
Aliás, caso alguém duvide, peço que acompanhe este simples raciocínio: se o orçamento, de qualquer esfera pública, viesse a apresentar alguma folga (coisa impossível) a vantagem fiscal obtida jamais promoveria a diminuição de um tributo. Os recursos economizados, como se sabe, seriam alocados, imediatamente para outras despesas, principalmente de pessoal.
SIMPLIFICAÇÃO TRIBUTÁRIA
A única possibilidade que ainda existe é a simplificação tributária. Ainda assim, para que as propostas venham a produzir algum êxito seria necessário assegurar aos governantes de que não haveria perda de arrecadação. Ótimo. Comecemos por aí. Já seria algum tipo de vitória, não é mesmo?
PROPOSTA FINAL
Mas, se a sociedade for um pouco arguta poderia impor, da mesma forma, o seguinte: caso a arrecadação venha a aumentar, fruto da simplificação tributária, que os recursos sejam devolvidos via redução de alíquotas. Assim a sociedade perderia menos. Que tal?