CRÉDITO
A ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, ainda é pouco conhecida. Porém, tecnicamente, pelo que consta na sua ficha laboral e acadêmica, boa parte da mídia está lhe dando algum crédito.
CAUSA/EFEITO
Entretanto, pela importância que adquiriu nos últimos governos, a Casa Civil exige, além de bom conhecimento técnico, uma necessária competência política.Principalmente, porque precisa convencer deputados e senadores, notadamente portadores de baixo conhecimento da relação causa/efeito, sobre os projetos propostos pelo Executivo. Aí, portanto, só o tempo dirá se ministra tem topete para o cargo.
DONAS DE CASA
Por enquanto o que se sabe a respeito de Gleisi Hoffmann é que, na sua ainda curta jornada na política, a ministra se tornou conhecida por defender a aposentadoria das DONAS DE CASA. Imagino que Gleisi esteja se referindo às pessoas, de qualquer sexo, que administram suas residências, cujas tarefas compreendam os AFAZERES DOMÉSTICOS. AFAZERES DO LAR.
APOSENTADORIA
Ora, no meu entender, todos aqueles que cuidam dos seus (próprios) afazeres caseiros, sem fazer disso uma profissão, sempre tiveram direito à se jubilar. Basta que, para tanto, tenham contribuído para a Previdência Social ou para um Fundo de Aposentadoria à sua escolha. Pronto.
CARREIRA ENCERRADA?
Mesmo assim é difícil admitir, para casos assim, o uso do termo aposentadoria. Afinal, alguém vai deixar de continuar fazendo seus afazeres domésticos só porque se aposentou, ou passou a receber proventos de aposentadoria? Esta carreira estaria encerrada?
A CONTA PARA O INSS
Se não for como está posto aí acima, coisa que não precisaria de projeto algum, aí, pelo que estou entendendo, a ministra estaria querendo jogar a conta DONAS DE CASA para a Previdência (INSS). Da mesma forma como aconteceu com os trabalhadores rurais que acabaram sendo agraciados, a partir da Constituição de 1988.
CAPACIDADE COMPROMETIDA
Se a idéia que a ministra Gleisi Hoffmann defende é esta, a sua decantada capacidade técnica já fica comprometida. Comprometida pelo equívoco político, manchado com a tinta indelével do populismo, do assistencialismo.