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13 nov 2009

CAPA DE REVISTA


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THE ECONOMIST
O Brasil é capa da revista The Economist desta semana, que leva o título: O BRASIL DECOLA. Ótimo. Pela reputação que a revista goza no meio financeiro internacional, o nosso país será mais conhecido através da farta reportagem que mostra a rápida recuperação da economia brasileira em meio à crise econômica mundial.
BRIC
Antes de chegar, propriamente, às páginas da reportagem, o editorial do semanário econômico ressalta que o Brasil, finalmente, está fazendo jus ao -B- do BRIC, grupo de emergentes formado também por Rússia, Índia e China.
COMPARAÇÃO
Ao ser comparado com os demais dos países do BRIC, a revista salienta: 1- o Brasil é uma democracia, ao contrário da China; 2- não tem tensões étnicas em seu território, como é o caso da Índia; e, 3- tem uma pauta de exportações diversificada, diferentemente da Rússia.
CUIDADOS
Na farta exposição dos motivos que, certamente, farão os leitores a apreciar as vantagens que, neste momento, o Brasil está levando por ter um sistema financeiro sólido, o The Economist também registra que precisamos de alguns cuidados para manter o crescimento.
ARROGÂNCIA
E deixa bem claro que o maior inimigo a ser enfrentado é a arrogância, a soberba. A falta de humildade, enfim. Aliás, estes sentimentos são típicos de países que não suportam críticas. Aliás, a história conta muito bem como reagimos quando alguém aponta as nossas fraquezas. Soa como um trovão. Um atentado à nossa soberania. Uma enorme falta de respeito. Uma ingerência indevida.
GASTOS E INVESTIMENTOS
O aumento de gastos públicos e a falta de investimentos em infraestrutura e em educação são citados como preocupantes, o que é absolutamente pertinente. Quando li estas linhas fiquei coma impressão de que os repórteres lêem diariamente o Ponto Crítico, onde cobro com insistência estas grandes falhas.
REFORMAS
A reportagem também aborda o gigantismo do Estado brasileiro, a complicada burocracia e a pesada carga tributária como fatores que dificultam a vida do setor privado. Para melhor esclarecer os leitores sobre estas doenças crônicas que o nosso país apresenta, penso que a revista poderia ter ido um pouco além, mas ficou por aí. Talvez, por falta de espaço; talvez, porque o momento era para tecer mais elogios e olhar menos para os defeitos. De qualquer forma é preciso comemorar.