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19 ago 2010

CAMPANHA ELEITORAL SEM COMPROMISSO


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CANDIDATOS DESPREPARADOS
Mesmo sabendo que a campanha eleitoral está apenas começando no rádio e na televisão, uma coisa já é conhecida: os candidatos que aí estão, a exemplo de todas as campanhas que se sucederam desde a Proclamação da República, vão fazer a mesma coisa: abominar os planos que o Brasil necessita para tentar curar as graves doenças do nosso Brasil.
POUCO COMPETITIVO
Como se vê, os problemas que fazem do Brasil um país extremamente custoso para os cidadãos e, por consequência, pouco competitivo em comparação com outros do mesmo nível, têm mais de cem anos. Nada é novo, até porque o diagnóstico é muito velho e pra lá de conhecido. Assim, esta eleição de 2010 mostra, de forma muito clara, que mais uma vez os eleitores serão enganados, imaginando que as ações que estão sendo propostas são capazes de mudar para melhor o país e a vida dos brasileiros.
EQUÍVOCOS REPETIDOS
Todos os candidatos estão cometendo os mesmos equívocos: prometem atacar as consequências como se fosse isto possível sem bulir para valer nas causas. Observem, por exemplo, que o candidato José Serra vem dando grande destaque aos problemas da saúde, lembrando muito o período em que foi ministro da área.
DOENÇAS INTOCÁVEIS
Pasmem: até agora nenhum dos candidatos que aí estão se mostrou interessado em tratar das terríveis doenças que há mais de meio século vem atacando as contas públicas do país. As quais são as eternas responsáveis pela constante falta dos recursos necessários à saúde pública, além do prejuízo que causam à educação e à segurança.
ROMBOS
Esta debilidade (das nossas contas públicas) está claramente manifestada no crônico rombo da Previdência, por exemplo. As contas privadas, por sua vez, têm sido absurdamente oneradas pelo custo trabalhista e pela exagerada e indecente carga tributária, que precisam ser impostas para poder cumprir a exigência fiscal do governo. Os efeitos diretos e/ou colaterais deste mau remédio tributário estão manifestados na falta de competitividade das empresas brasileiras.
O IMPORTANTE É A COPA
No RS, só para se ter uma idéia do quanto tudo vai mal, o presidente da Assembléia Legislativa, deputado Giovani Cherini (tomem nota deste deputado para não votar nele nas próximas eleições), afirmou que fará de tudo para que o Parlamento do RS aprove com rapidez a isenção do ICMS sobre os materiais de construção para as obras que visam a Copa do Mundo de 2014.
PREVIDÊNCIA DO ESTADO
Melhor seria se o péssimo deputado se preocupasse com o projeto de reforma da previdência do IPÊ (setor público do Estado). Esta lei, que é muito, mas muito mais urgente, e que pode contribuir para aliviar o bolso dos contribuintes gaúchos, sequer é comentada. A razão? Previdência não entra em campo nem chuta bola.