AMBIENTE DE MELHORA
Os brasileiros em geral, pelo que atestam a totalidade dos indicadores que medem, constantemente, a confiança na economia dão a entender que os ambientes de negócios no nosso empobrecido país começam a ganhar fôlego. Mais: com viés de boa melhora para 2018, como sugerem o Boletim Focus e o índice Bovespa.
OTIMISMO
Entretanto, mesmo que o OTIMISMO esteja voltando com certo vigor, embalados, tanto pelas projeções que o Boletim Focus fornece a cada início de semana quanto pela alta de inúmeras ações negociadas na Bolsa de Valores, é bom deixar as BARBAS DE MOLHO por mais tempo, pois o bom desempenho depende diretamente do que a sociedade realmente quer e deseja.
OUTRO GALINÁCEO
Antes que me rotulem de -PESSIMISTA-, ou -ESTRAGA PRAZER- proponho que não se deixem levar por exagerada confiança. É preciso, repito, ter em mente que o desempenho da nossa economia tem sido idêntico ao -voo da galinha-. Entretanto, se continuarmos cultivando DÉFICITS em cima de DÉFICITS nas Contas Públicas, precisaremos usar, como comparação, um outro galináceo que tenha menor impulsão.
SEQUÊNCIA LONGA
A propósito, no início desta semana o secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, afirmou o quanto é complicada a nossa situação ao dizer que o Brasil, considerando seu nível de desenvolvimento, já tem a segunda maior relação entre a DÍVIDA BRUTA/PIB dos países emergentes. Uma trajetória pra lá de insustentável, pois desde o início dos anos 90, o Brasil nunca teve sequência tão longa de déficits primários.
CARGA TRIBUTÁRIA
Mesmo admitindo que o ajuste fiscal continua a ser feito pelo governo de Michel Temer, a dívida pública ainda crescerá. O ajuste é gradual, explicou Mansueto, porque grande parte da despesa do governo é obrigatória, vinculada a leis. - "Em uma estrutura de despesas engessadas como esta, a única forma de se fazer ajuste fiscal muito rápido é via CARGA TRIBUTÁRIA, completou sem negar que a carga do Brasil já é muito alta, acima da média dos países da América Latina e não há espaço para se elevar tributos.
SALTO ORNAMENTAL
O fato é que a trajetória de crescimento da DÍVIDA BRUTA, por força de políticas econômicas equivocadas promovidas pelos malvados governos petista (Lula/Dilma), saltou de 51% do PIB em 2013 para atuais 74%. "
Este nível elevado de endividamento público até não seria um problema desde que o Brasil fosse uma economia desenvolvida, ressaltou o secretário. Países como Japão e Alemanha, disse ele, conseguem se financiar por período muito longo a juro muito baixo.
SEM MAIS ALTERNATIVAS
Concluo, portanto, que cabe a sociedade brasileira decidir:
1- ou exige a aprovação de REFORMAS que proponham forte redução de DESPESAS PÚBLICAS; OU,
2- aceita o aumento da CARGA TRIBUTÁRIA.
De novo: não há outras alternativas. Ou uma ou outra. A decisão vai determinar qual tipo de galináceo vamos escolher para comparar o desempenho da nossa empobrecida economia.