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15 mar 2013

BRAZIL ECONOMIC OUTLOOK


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ALCANCE DO BARULHO
Estou certo de que o alcance dos ruídos emitidos pelas opiniões e comentários que escrevo diariamente no Ponto Critico é baixíssimo, se comparado com o que sai na mídia aberta, cuja abrangência é muito grande. Isto levando em conta que o Ponto Crítico é prestigiado por dezenas de milhares de leitores.
CAPACIDADE DE DISCERNIMENTO
Isto, no entanto, tem um porém: os leitores/assinantes fazem parte de um grupo muito seleto em razão de serem poucos os brasileiros que reúnem capacidade plena de discernimento quanto aos temas abordados nos editoriais. Afinal, só a reduzida parcela que está fora do analfabetismo funcional tem condições de compreender os reais problemas do país e do mundo.
BRAZIL ECONOMIC OUTLOOK
Hoje, por exemplo, trato de algo que pouca gente viu ou ouviu: dias atrás, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, esteve na Polônia com o propósito de falar sobre a economia brasileira. Ao tomar conhecimento, na íntegra, da apresentação denominada -Brasil Economic Outlook-, cheguei a uma conclusão óbvia: os nossos governantes mostram o desempenho e o futuro da economia brasileira da mesma forma com que agem os empresários de jogadores de futebol, quando querem vender seus atletas. Ou seja, produzem vídeos com os melhores lances.
MELHORES LANCES
Os melhores lances são programas mercadológicos onde não aparecem as furadas em bola, os gols perdidos, o comportamento (educação), a saúde e as más atuações não aparecem em momento algum nas apresentações. Assim, quem não vai atrás de maiores informações pode ser seduzido, o que pode significar, muitas vezes, na compra de uma grande encrenca.
NÃO SE FALA EM REFORMAS
Em momento algum, sem qualquer má vontade de minha parte, a apresentação mostra a necessidade de reformas no Brasil. Não fala, por exemplo, dos custos que provocam a equivocada e injusta Previdência Social; dos exorbitantes custos trabalhistas que levam à falta de competitividade, da super carga tributária, da concentração de renda no setor público, das inúmeras intervenções do governo na economia, etc., etc.
VEXAME
Justamente sobre aquilo que os analistas e investidores mais queriam saber, ou seja, a respeito daquilo que tranca o desenvolvimento, de forma clara e inquestionável, a apresentação feita pelo presidente do Banco Central omitiu. Foi por aí, aliás, que se configurou o vexame da apresentação que a ministra Gleise (Desenvolvimento) fez no Road-Show em Londres, há poucos dias atrás. Esta falta de transparência misturada com uma excessiva falta de vergonha faz com que o nosso pobre país perca a já reduzida credibilidade.
BOMBA ORÇAMENTÁRIA
Ontem, o STF acionou uma BOMBA PESADA sobre as contas públicas da União, Estados e Municípios, ao decidir que a dívidas denominadas -precatórios- devem ser pagas de uma só vez, no ano seguinte. Atenção: o total dessa dívida correspondia a R$ 94 bilhões até o primeiro semestre de 2012, segundo o Conselho Nacional de Justiça. Como dinheiro não brota nem cai do céu, e governo é um representante dos cidadãos, só há uma saída: aumento de impostos para resolver o problema. Está bem entendido, não?