SEM DILEMA
O Brasil, entre todos os países do mundo, é aquele onde não existe DILEMA. O povo, diante de uma situação difícil, na qual é preciso escolher entre duas alternativas contraditórias, antagônicas ou insatisfatórias, se atira de cabeça naquela que oferece maior probabilidade de sair mais prejudicado.
ESCOLHA
Esta conclusão, peço que os leitores entendam, não é fruto de uma manifestação irônica. Nada disso. Quem retrata fielmente esta triste realidade é o número imenso de ABERRAÇÕES, que só existem no nosso pobre país por exclusiva vontade do povo, que concede poderes ilimitados (através do voto) aos seus representantes, tanto profissionais (sindicatos e corporações) quanto políticos (em todos os níveis), para decidirem o que bem entendem.
CONJUNTO DA OBRA
Pelo conjunto da obra, ou do excessivo número de ABERRAÇÕES ECONÔMICAS, (apenas estas) se tem uma clara ideia do quanto o povo não diferencia CAUSA de EFEITO. Ou seja, quando o sapato aperta, o responsável é o fabricante, que produziu uma peça defeituosa, e não o crescimento do pé.
COMEMORANDO
Vejam, por exemplo, que o povo, fortemente influenciado pela mídia, está comemorando a queda da inflação sem dar importância devida para a brutal recessão, cujo resultado aí está: um cruel encolhimento de quase 9% do PIB brasileiro apenas nos últimos três anos (2014/2015 e 2016). De novo: enquanto as CAUSAS permanecem intactas, os representantes do povo atacam as CONSEQUÊNCIAS. Pode?
CARGA TRIBUTÁRIA
Como bem lembra o pensador Ricardo Bergamini, no Brasil a composição da Carga Tributária tem como base 48,46% de sua arrecadação incidindo sobre a Renda, Lucro, Ganho de Capital, Folha Salarial e Propriedade (classes privilegiadas da nação brasileira) e 51,54% incidindo sobre Bens e Serviços (arroz, feijão, remédios transportes e educação). Com uma Carga Tributária total de 32,4% do PIB.
OMISSÃO, COVARDIA OU CONIVÊNCIA
Observem que dentre os países analisados o Brasil é aquele que possui a mais INJUSTA, IMORAL, CRIMINOSA, DESUMANA e REGRESSIVA CARGA TRIBUTÁRIA. Uma vergonha internacional que certamente continuará tendo o silêncio de todos: por omissão, covardia ou conivência.
ABERRAÇÕES...
A aberração do emprego público no Brasil (Fonte IBGE)
Em relação aos recursos humanos, de 2005 para 2015, o percentual de servidores municipais passou de 2,6% para 3,2% da população do Brasil. O número de pessoas ocupadas na administração direta e indireta municipal era de 6.549.551 em 2015, o que corresponde a um crescimento de 37,4% em relação a 2005 (4.767.602). A parcela de servidores municipais na administração direta passou de 94,3% (4.494.154) em 2005 para 95,0% (6.224.235) em 2015. Na administração indireta, esse percentual passou de 5,7% (273.448) em 2005 para 5,0% (325.316) em 2015.
E MAIS ABERRAÇÕES...
A aberração da orgia de gastos com pessoal no Brasil (Fonte MF)
Em 2002 os gastos com pessoal consolidado (união, estados e municípios) foi de 13,35% do PIB. Em 2015 foi de 15,31% do PIB. Crescimento real em relação ao PIB de 14,68% representando 46,88% da carga tributária que foi de 32,66%. Para que se avalie a variação criminosa dos gastos reais com pessoal, cabe lembrar que nesse mesmo período houve um crescimento real do PIB Corrente de 37,80%, gerando um ganho real acima da inflação de 58,03% nesse período. Nenhuma nação do planeta conseguiria bancar tamanha orgia pública.
A aberração de um país sem passado, presente e futuro (Fonte IBGE)
Cerca de um em cada quatro (22,5%) jovens de 15 a 29 anos não frequentava escola nem trabalhava na semana de referência em 2015, os chamados “nem-nem”, sendo que essa proporção cresceu 2,8 pontos percentuais frente a 2005 (19,7%). O grupo de 18 a 24 anos apresentou o maior percentual de “nem-nem” em 2015, com 27,4%.
A aberração da imoral e desumana Previdência Social no Brasil (Fonte MF)
- Em 2016 o Regime Geral de Previdência Social (INSS) destinado aos trabalhadores de segunda classe (empresas privadas) com 100,6 milhões de participantes (70,1 milhões de contribuintes e 30,5 milhões de beneficiários) gerou um déficit previdenciário da ordem de R$ 149,7 bilhões (déficit per capita por participante de R$ 1.488,07).
- Em 2016 o Regime Próprio da Previdência Social destinado aos trabalhadores de primeira classe (servidores públicos) – União, 26 estados, DF e 2087 municípios mais ricos, com apenas 9,9 milhões de participantes (6,3 milhões de contribuintes e 3,6 milhões de beneficiários) gerou um déficit previdenciário da ordem de R$ 155,6 bilhões (déficit per capita por participante de R$ 15.717,17).
- Resumo do resultado previdenciário de 2016 do RPPS (servidores públicos): União (civis e militares) déficit previdenciário de R$ 77,1 bilhões; governos estaduais déficit previdenciário de R$ 89,6 bilhões e governos municipais superávit previdenciário de R$ 11,1 bilhões. Totalizando déficit previdenciário do RPPS da ordem de R$ 155,6 bilhões.
- Em 2016 a previdência social brasileira total (RGPS E RPPS) gerou um déficit previdenciário total de R$ 305,3 bilhões, cobertos com as fontes de financiamentos (COFINS e CSSL, dentre outras pequenas fontes) que são uma das maiores aberrações e excrescências econômicas e desumanas já conhecidas, visto que essas contribuições atingem todos os brasileiros de forma generalizada, mesmos os que não fazem parte do grupo coberto pela previdência, tais como: os desempregados e os empregados informais sem carteira de trabalho assinada, contingente composto de quase a metade da população economicamente ativa. Esses grupos de excluídos estão pagando para uma festa da qual jamais serão convidados a participar.
A aberração do imoral déficit fiscal nominal do Brasil (Fonte BCB)
Segundo o Banco Central do Brasil o déficit fiscal nominal de 2015 foi de R$ 613,0 bilhões (10,38% do PIB). Esse déficit retrata uma apuração contábil em regime de competência, ou seja: todos os compromissos do governo, mesmo os não vencidos, bem como os refinanciados estão apurados da forma (pro-rata/ano) dentro desse resultado.
Segundo o Banco Central do Brasil o déficit fiscal nominal de 2016 foi de R$ 562,8 bilhões (8,93% do PIB). Esse déficit retrata uma apuração contábil em regime de competência, ou seja: todos os compromissos do governo, mesmo os não vencidos, bem como os refinanciados estão apurados da forma (pro-rata/ano) dentro desse resultado.
A aberração do subemprego no Brasil (Fonte IBGE)
A taxa composta de subutilização da força de trabalho (que agrega a taxa de desocupação, taxa de subocupação por insuficiência de horas e da força de trabalho potencial) ficou em 22,2% no 4º trimestre de 2016.
A aberração da carga tributária no Brasil
De 1990 até 2015 a carga tributária brasileira teve um aumento real em relação ao PIB de 37,75%.
Aumento da carga tributária federal no período – 38,88%.
Aumento da carga tributária estadual no período – 23,40%.
Aumento da carga tributária municipal no período – 120,00%.