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26 set 2007

BRASIL: A BOLA DA VEZ DOS INVESTIDORES


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RECURSOS IMPORTANTES
Com tantas coisas deploráveis que nós estamos deixando acontecer no nosso país, o fato é que os investidores internacionais estão enviando volumosos recursos para o Brasil. E isto está acontecendo sem que tenhamos conquistado ainda a tão esperada e importante graduação de investimento denominada - Investment Grade -.
CUSTOS MENORES
Quando isto acontecer, os recursos que continuam sendo aportados, e até chegam a impressionar pelos volumes atingidos, deverão mais do que triplicar. E, naturalmente, com custos bem menores, diga-se de passagem.
TAPA EM CEGO
Mesmo que os nossos governantes não gozem de qualquer credibilidade e nada fazem para mudar de forma definitiva a fotografia do país, os investidores ainda assim continuam apostando no Brasil. Imaginem se as garantias exigidas e o necessário marco regulatório já estivessem andando. Aí seria como dar tapa em cego (estes que me perdoem pela simbologia).
RISCO
Tudo aquilo que grandes fundos de investimentos externos estão destinando a países emergentes, e por conseguinte mais arriscados, já se mostra exuberante. Mas tudo devidamente explicado pela fantástica liquidez financeira mundial. Agora tentem imaginar, no mesmo quadro de liquidez atual, os volumes de dinheiro que serão destinados ao Brasil a partir do Investment Grade.
ATROPELO
Gente: o que pode se esperar é uma verdadeira loucura. É possível até que, no atropelo, mesmo sem a existência de um marco regulatório definido, ainda assim muito dinheiro acabará sendo enviado para projetos que possam financiar a nossa decadente e indecente infra-estrutura.
CRÉDITO
Já no cenário interno do Brasil também há espaço para euforia. Pelo menos enquanto perdurar a fantástica expansão do crédito, que já alcançou o percentual expressivo de 33% do PIB, ou seja, R$ 800 bilhões. É lógico que o crédito até pode crescer mais, mas chegará um momento que só o aumento da renda poderá justificar tal expansão. Se ela não acontecer como deve a quebradeira será geral e inevitável. Com a roupa da inadimplência.
EVITAR O COLAPSO
Exatamente por isto, até para aqueles que só aceitam ler e ouvir boas notícias, o negócio é pressionar cada vez mais por reformas. Reformas que produzam o efeito magnífico do crescimento e da renda. Caso contrário, ao invés de euforia teremos o colapso. Isto precisa ficar bem claro.Enfim, se o governo brasileiro quiser promover de fato um crescimento duradouro, precisará admitir de forma consciente e definitiva, que a melhor contribuição para que a euforia se mantenha por muitos anos, é a redução da carga de impostos. Que é a grande causa de todos os males deste ainda pobre país.