DESFILE DE FANTASIAS
A economia mundial, indiscutivelmente, está mostrando uma carranca muito feia. Se por algum momento alguém imaginou que tudo não passava de um desfile de fantasias, esta possibilidade já foi totalmente afastada.
ÁLBUM DE FOTOS
O retrato da péssima fisionomia que vem sendo mostrada aí está: é real, preocupante e, muito provavelmente, de longa duração. Pior: como neste álbum de fotos de horror estão presentes vários países do decantado primeiro mundo, a situação fica ainda mais dramática.
UM ÚNICO REMÉDIO
Por mais que alguns ainda queiram discutir os tratamentos disponíveis para tentar suavizar os traços da péssima carranca, a realidade impõe que um único remédio é capaz de atenuar a crise atual: um corte imediato e eficaz de gastos públicos. Não há outro. Caso contrário, o calote de pagamento dos títulos públicos não poderá ser evitado.
REGIME DE GASTOS
Como praticamente todos os setores de atividade, queiram ou não, vão precisar se adequar a uma realidade de consumo mais reduzido, principalmente na Europa, até o futebol será afetado. Por uma simples e incontestável razão: tanto clubes como competições e, certamente, vários atletas, são sustentadas por empresas.Como todas as empresas já começaram a apertar seus cintos, até o futebol vai sentir o reflexo do necessário regime de gastos.
ALERTA
Este é um alerta que precisa ser feito à imprensa, aos clubes e, principalmente, aos atletas. Aqueles que sonham em jogar na Europa, notadamente na Espanha, Portugal e Itália, precisam levar em conta que a possibilidade de ficarem sem receber salários é enorme.
RENEGOCIAR CONTRATOS
Na Espanha, por exemplo, a soma do endividamento dos clubes está beirando o montante de um bilhão de euros. A greve dos atletas já evidencia o perigo. Como o faturamento em publicidade esportiva das emissoras de televisão também vai diminuir, as cotas dos clubes idem.Assim, caso queiram permanecer na Europa, muitos atletas vão precisar renegociar seus contratos, com valores bem menores.
O RITMO É OUTRO
Em resumo: esta crise pode trazer muitas surpresas ruins. Como não mostra sinais de passageira, pelo estrago que o crédito desmedido proporcionou, até que tudo volte ao normal muita gente vai penar.Uma coisa é certa: o tamanho do consumo, com oferta de crédito adequado, sem o exagero que deu origem à bolha, é bem menor do que se viu até 2008. Isto basta para entender o ritmo esperado para a economia.