CHE
O meu assunto de hoje deveria discorrer sobre a excelente matéria publicada pela revista Veja, que está tratando da vida do guerrilheiro sanguinário Che Guevara. Mas, considerando a importância do Pacote Fiscal enviado pelo Governo do RS à Assembléia Legislativa, o qual precisa de comentários urgentes, deixo o assunto Che-Bandido para amanhã.
ATITUDES FIRMES
Depois de eleito, o vice-governador do RS, Paulo Afonso Feijó, por vários meses foi bastante criticado por grande parte da imprensa gaúcha. Muitas vezes, pelas suas atitudes firmes e intransigentes, teve até sua imagem usada por chargistas com motivos de desconsideração e chacota. Tudo porque Feijó se mostrava sempre aberto, claro, franco e sincero. Principalmente quando o assunto era aumento de impostos.
RETIRO
A impressão que foi passada à sociedade, pela imprensa, sugeria que todos adorariam que o RS tivesse uma carga maior de ICMS. Feijó, poucos meses depois de derrotada a tentativa de aumento dos impostos (final de 2006), percebendo a interpretação que estavam dando às suas atitudes se recolheu. Fez um retiro passando a dar menos entrevistas.
MUDOS
Muitos empresários, que precisavam apoiar Paulo Feijó com forte determinação e vigor, para tentar manter alguma competitividade, por incrível que pareça não o fizeram com firmeza. Talvez, por discordarem da forma muito dura com que Feijó atuava, ficaram mudos.
VILÃO
Os consumidores, por sua vez, que deveriam sair em passeatas prestigiando o vice-governador, para que pudessem vir a comprar mais produtos e serviços com menos impostos, também não atuaram. Passa uma idéia de que estariam mais satisfeitos caso Feijó tivesse sido derrotado. Incrível, não? Pois é. Este foi o papel que a imprensa conseguiu com suas reportagens: transformar Feijó em vilão.
MEU APOIO
Volto a afirmar que continuo apoiando e parabenizando a governadora Yeda Crusius pelos importantes esforços que vem fazendo para alguma recuperação deste falido Estado do RS. Porém, muito, mas muito antes de apoiar qualquer aumento de impostos, preciso ver esgotadas todas as formas possíveis e imaginárias de redução de custos do Estado do RS.
LOTAR O PLENÁRIO
Que sejam, em primeiro lugar, aprovadas todas as medidas que venham a desonerar dramática e radicalmente as contas públicas. Todas as formas, enfim, que permitam a volta do sentimento de orgulho de ser gaúcho. Do jeito que as coisas estão, de sã consciência ninguém pode ter tal sentimento. A não ser os privilegiados que nunca são ameaçados.
CONVOCAÇÃO
Se alguém ainda quiser ver o RS um pouco mais perto de ser um Estado bem sucedido, que siga os passos de Paulo Feijó. Caso contrário os protestos e reuniões contra o aumento da carga tributária continuarão a ser feitos só dentro dos gabinetes. E aí, como se sabe, não funciona. Precisamos, todos aqueles que não querem mais impostos, lotar o plenário da Assembléia. Eu vou.