CONTRATAÇÃO DE MÉDICOS
Depois de ver, ler e ouvir um número expressivo de manifestantes, sobre a possível (ou quase certa) contratação de 6000 médicos do EXTERIOR (já não mais de Cuba, Paraguai e Bolívia pelo que já está dizendo o governo), com o objetivo de suprir a inegável falta desses profissionais no interior do nosso pobre país, resolvi que deveria meter a minha colher no assunto.
ESPÍRITO CORPORATIVO
Antes de entrar no mérito do problema, percebe-se que o ESPÍRITO CORPORATIVO é o que mais está chamando a atenção nesse intenso debate. A grande resistência, portanto, é emanada, logicamente, pelos dirigentes dos sindicatos, associações e conselhos de medicina de todo o país.
CAPACIDADE LIMITADA
De novo: se motivos vários existem para elevar o grau de resistência quanto à contratação de médicos do exterior, o que está falando mais alto é aspecto Corporativo-Protecionista. Mais: este motivo está sendo colocado com o propósito de impedir a visão clara do problema.
SIMPATIZANTES DO SOCIALISMO
O mais curioso neste particular é que a maioria dos líderes sindicais da categoria médica, assim como de muitas outras profissões, são fervorosos simpatizantes do governo petista e/ou demais partidos que apoiam medidas de cunho ideológico neo-socialista.
DIPLOMA
O segundo obstáculo (absurdo) está na exigência do diploma e/ou validação dos mesmos para trabalhar no Brasil. Ora, pelo que se sabe muito bem, uma grande parte dos profissionais da saúde que portam diplomas obtidos no Brasil cometem erros médicos terríveis. Portanto, não é o diploma que produz o profissional e sim o conhecimento.
DIAGNÓSTICO
Quanto ao prazo de três anos de atuação, que o contratado precisará cumprir na cidade a ser definida pelo governo, é preciso levar em conta que se não houver tecnologia suficiente para promover um diagnóstico correto dos males que afligem os pacientes, até o médico considerado bom terá êxito muito limitado. O que, certamente, contribuirá para que não mais se interesse em residir no município para o qual foi destinado.
PENÚRIA
Em última análise, o que está muito claro e pra lá de evidente é o seguinte: 1- faltam profissionais da saúde para o tamanho da nossa população; 2- como a maioria prefere atender nas capitais, onde há tecnologia mais abundante, o interior é abandonado;3- como não há recursos suficientes para equipar a maioria dos municípios com aparelhos modernos e necessários, o interesse dos médicos em residir nessas cidades não cresce. Portanto, admitindo que os salários devam ser minimamente tentadores, como sugerem os próprios médicos e seus sindicatos e associações para promover maior interesse pelo interior, o problema esbarra na penúria financeira e tecnológica da maioria dos municípios do país.