ADVERTÊNCIA
O jornalista Diogo Mainardi, ex-colunista da revista Veja, logo após o Campo de Libra ter sido arrematado, postou no Twitter a informação de que os diretores da PetroChina (CNPC), empresa de petróleo participante do consórcio vencedor, estão presos por acusação de suborno.
DIFERENÇA
Pois, ao ler o texto postado por Mainardi, entendi que ele cometeu um engano ao questionar a parceria da Petrobrás com empresas chinesas. Até porque, enquanto lá, o governo chinês, de forma correta, prende dirigentes de suas estatais envolvidos em fraudes, aqui, o nosso governo mantém nos seus postos, além de suspeitos de corrupção todos os incompetentes.
FMI
Mas, deixando de lado o assunto petróleo, devo dizer que fiquei satisfeito (não feliz, gente) ao notar que o FMI também não está nada contente com a situação fiscal do nosso pobre país. Isto significa que daqui para frente, quem sabe, uma boa parte das pedras que são arremessadas contra as minhas convicções serão destinadas ao FMI.
DECLARAÇÃO ACACIANA
É bom que se diga que o relatório divulgado ontem pelo Fundo Monetário Internacional, do qual o Brasil é integrante, não contém nada que qualquer aluno de pré-primário já não saiba. Eis:
Para alcançar a taxa de 3,5% de crescimento econômico, o Brasil precisa estimular o investimento, sobretudo em infraestrutura, e melhorar a produtivid
Declaração pra lá de acaciana, não?
CONTAS FISCAIS
Sobre as CONTAS FISCAIS, o relatório destaca que o governo brasileiro tem dependido de GANHOS EXTRAORDINÁRIOS e AJUSTADOS (maquiagem) para conseguir cumprir a meta. O texto recomenda que o Brasil busque uma meta de superávit primário de 3,1%, sem ARTIFÍCIOS CONTÁBEIS ou FATORES EXTRAORDINÁRIOS. Que tal?
POLÍTICA MONETÁRIA
E, para a POLÍTICA MONETÁRIA, a recomendação do FMI é de que o BC continue comprometido em conter a pressão de aumento de preços e em ancorar as expectativas dos agentes do mercado financeiro. Na avaliação do Fundo, o estrangulamento pelo lado da oferta segue sendo uma fonte de pressão inflacionária, além de limitar o crescimento econômico do País.
DÍVIDA PÚBLICA
Pelo critério adotado pelo governo brasileiro, a DÍVIDA PÚBLICA é de 59,3%, mas pelo do FMI, devemos terminar o ano com uma dívida de 68,3%, nível mais alto entre os mercados emergentes. A diferença é que o FMI usa em sua metodologia todos os títulos emitidos pelo Tesouro e que estão em poder do Banco Central. Já o Brasil, só considera os títulos que o BC usa para fazer as chamadas operações compromissadas, um instrumento de política monetária para encolher a liquidez do mercado.
LEITORES DO PONTO CRÍTICO?
Como se vê, tudo aquilo que o Ponto Crítico vem alertando, desde o momento que o PT assumiu o governo, o FMI colocou no seu relatório. Confesso que até cheguei a imaginar (de forma pra lá de pretensiosa) que os agentes daquela instituição são meus leitores diários. Será?