INGREDIENTES DA OBRA
A construção de uma casa, de uma roupa ou de um prato de comida, por exemplo, começa pela escolha dos ítens que vão fazer parte da obra. Caso não estejam disponíveis, e o projeto não permitir mudança , o tempo passa a ser o ingrediente decisivo na apresentação do produto acabado.
IDEOLOGIA
Este mesmo raciocínio vale para um projeto político pretendido pelos governantes de uma cidade, de um Estado ou de um país. Para concluir a obra, que obedece à ideologia do partido mandatário, é preciso promover o ajuste cultural necessário, em que o tempo é um fator fundamental.
NO PODER
Como há o risco do mandato se encerrar antes que a mudança cultural, que promove a tentativa de aceitação tácita da ideologia imposta, seja completada, os governantes e seus partidos lutam para não sair do Poder, até o atingimento das metas propostas. A partir daí, com o aparelhamento mais consolidado, a coisa fica mais fácil e serve, inclusive como um suporte para bloquear a ação dos contrários.
CONSELHÃO
Quem tiver tempo para ler o que está escrito na Agenda para o Novo Ciclo de Desenvolvimento, que será apresentado na reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social(CDES) na tarde de hoje, na Fiergs, entenderá perfeitamente do que estou falando, ou escrevendo, melhor dizendo.
FIM DA ERA NEOLIBERAL?
A Agenda Para o Novo Ciclo de Desenvolvimento, que tem 30 páginas
...a visão de futuro traçada na Agenda Nacional de Desenvolvimento permanece como horizonte estratégico para os Conselheiros e Conselheiras: - Um país
Que tal?
NOVA CONJUNTURA
Mais adiante, ao tratar de Uma nova conjuntura, eis o que diz o documento: O País finalmente se liberta de quase três décadas de semiestagnação, decorrentes da adoção de estratégia econômica baseada na visão neoliberal. Práticas como a desregulamentação dos mercados, abertura comercial e financeira indiscriminada, redução do tamanho e papel do Estado foram implantadas em diferentes países e utilizadas como condição para concessão de créditos por instituições multilaterais, tais como o FMI, BIRD e BID.
MERCANTILISMO
Veja bem, caro leitor: se as entidades aprovarem este absurdo, a partir daí entendo porque muitos empresários não gostam dos meus comentários, principalmente quando digo que o Brasil vive do puro mercantilismo com milhares de puxa-sacos de governo. O curioso é que o presidente da Fiergs é membro desse estúpido CDES.