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26 nov 2009

ABDICAMOS DA DEMOCRACIA


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FORÇAS CORPORATIVAS
Até as pedras estão pra lá de convencidas de que quanto maiores os benefícios concedidos e garantidos para grupos ou classes, principalmente aquelas que usam as forças corporativas para obter privilégios, mais as democracias ficam ameaçadas.
LEIS PÉTREAS
O povo brasileiro, quando o Congresso Nacional aprovou a atual Constituição, em 1989, embriagado e feliz com os direitos absurdos que foram colocados no texto, não percebeu o tamanho dos privilégios concedidos e/ou mantidos para uma minoria muito esperta. Pois foi naquele momento que o povo, sem perceber, abdicou da democracia, uma vez que muitos privilégios foram blindados por leis pétreas.
IMEXÍVEL
O fato é que o trabalho foi muito bem articulado por parte das corporações, que contou, infelizmente, com a falta de discernimento da sociedade como um todo. E resultou nessa fantástica carga tributária imposta a todos nós. Com um detalhe: os privilégios, além de preservados por leis imexíveis, continuam aumentando.
SEM RUMO
Como tenho observado nos diversos encontros promovidos por inúmeras entidades empresariais do país, que uma reforma tributária é imprescindível, a minha percepção é que esse pessoal permanece acéfalo, equivocado, tonto e sem rumo.
IRREVOGÁVEIS
Afinal, gente, como e quando uma reforma tributária pode diminuir os privilégios conquistados? Ainda mais se for considerado que as vantagens concedidas estão protegidas por leis pétreas. Ou seja: estão protegidos e irrevogáveis.
DEMOCRACIA IMPEDIDA
Como todos os privilégios estão plenamente garantidos por atos democráticos, mas a própria democracia ficou impedida de revogar os direitos absurdos concedidos, só uma revolução ou guerra civil pode acabar com eles. Será que, de sã consciência, alguém imagina que as corporações vão concordar com alguma perda?
SEM MEDO
Muita gente tem receio de falar ou escrever sobre isto, para não correr o risco de vir a ser um defensor de badernas. Mesmo assim prefiro ir em frente e expressar esta pura verdade. Até porque não há revolução sem causa. Nem guerra sem motivo. E como a causa está representada pelas enormes despesas, a democracia está cada vez mais ameaçada.