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25 abr 2007

A VEZ DO NOBEL DE ECONOMIA


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EDMUND PHELPS
Ontem, na sexta conferência do ciclo Fronteiras do Pensamento, promovido pela Copesul Cultural, em Porto Alegre, a platéia lotada teve a feliz oportunidade de ouvir Edmund Phelps, economista americano laureado com o Prêmio Nobel de Economia, em 2006.
GRANDE INTERESSE
Todas as conferências do importante evento têm sido muito demandadas e bastante apreciadas por um público impressionante, mas, sem dúvida, a presença de um Nobel criou mais interesse ainda, como era de se esperar.
SÓ OUVIR
Os gaúchos, assim como todos os brasileiros, embora tenham demonstrado grande vontade para ouvir Edmund Phelps, com toda a certeza não deverão aproveitar os conselhos e afirmações feitas pelo ganhador do Prêmio Nobel. Uma prova de que o importante aqui é só ouvir, sem jamais transformar em atitudes o receituário fornecido pelo palestrante categorizado.
REFORMA TRABALHISTA
Não recebi Prêmio Nobel nem tenho pretensão para tanto. Mas, assim como Phelps disse ontem, tenho afirmado também, inúmeras e cansativas vezes, que precisamos de muitas reformas para acelerar o nosso crescimento. E uma delas é a reforma trabalhista.
ENERGIA
Bastante calejado, e muito descrente de que algo ainda possa acontecer nas áreas que mais precisam ser reformadas, mesmo assim não deixo de dizer e escrever sobre a importância das reformas que agora foram receitadas pelo Nobel. No entanto, as palavras de Phelps soaram como uma nova energia para voltar a provocar estes e outros assuntos que ainda possam repercutir mais e, quem sabe, ver algumas atitudes tomadas.
DECLARAÇÃO SIMPLES
Eis o que disse Phelps, ontem, de forma clara sem precisar interpretar: - A legislação trabalhista brasileira é baseada em leis italianas do começo do século passado e impede maior dinamismo da economia.
UM IDIOTA
Tudo o que Phelps disse sobre este assunto é por demais conhecido por aqui. Por pessoas que têm algum discernimento, certamente. Mas, uma coisa é certa: se Edmund Phelps fosse brasileiro e pregasse a reforma trabalhista por aqui, jamais viria a receber algum prêmio. Muito menos um Nobel. Mais: seria considerado um idiota e nem seria convidado para dar conferências.
RS ATRASADO
O Estado do RS está necessitando uma modernização na sua infra-estrutura que solucione seus problemas logísticos, cujos gargalos estão resultando numa perda de competitividade. O RS precisa e está atrasado, como disse o secretário estadual da Infra-estrutura e Logística do Estado, Daniel Andrade, na sua palestra no Ciclo de Debates Federasul sobre infra-estrutura. O primeiro seminário abordou o modal rodovias e enfocou a modernização da infra-estrutura do RS.
INVESTIMENTO
O secretário observou que o Estado precisa investir mais de R$ 2,5 bilhões, pra resolver os problemas de infra-estrutura. Como não existem estes recursos e o Estado não pode bancar sozinho, a saída está nas Parcerias Público-Privadas (PPPs). Para tanto precisam ser analisados três vetores: marcos regulatórios, fundo garantidor e o interesse dos empreendedores.
INFELIZ
No painel destinado a Rodovias o estadual Francisco Appio, que defende a CPI dos Pedágios, foi infeliz: disse que não é contra o pedágio e sim contra o preço da tarifa. Pelo visto não leu os contratos que foram aprovados pela própria Assembléia do RS.
MESAS REDONDAS
A Procergs e o Setor de TI no Governo - é o tema do Mesas Redondas, promovido pelas entidades gaúchas de Tecnologia da Informação (Assespro-RS, Internetsul, Seprorgs, Softsul e Sucesu-RS). A reunião-almoço ocorre no dia 27 de abril (sexta-feira), das 12h às 14h, no Hotel Plaza São Rafael (Av. Alberto Bins, 514 ? Porto Alegre).