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30 nov 2011

A RODA E A JUSTIÇA BRASILEIRA


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RODA JÁ FOI INVENTADA
A partir do momento em que a roda foi inventada, por óbvio o que todo mundo fez foi copiar o invento. Sem precisar alterar a forma, os fabricantes de qualquer produto que exija movimentação passaram a se preocupar somente com o peso e o tamanho do rodado. Simples assim.
JUSTIÇA AMERICANA
Pois, em matéria de Justiça, que poderia e deveria adotar o mesmo princípio da roda, infelizmente não é assim que acontece. Vejam, por exemplo, como a Justiça americana decidiu quanto ao procedimento do médico pessoal de Michael Jackson, doutor Conrad Murray: condenou o réu a quatro anos de prisão.
MENTIRA PESOU MAIS
É importante observar, em primeiro lugar, que Michael Jackson morreu em 2009 e a sentença foi definida ontem. Dois anos após, gente. Em segundo lugar, o que mais pesou na condenação, coisa que não está sendo divulgada, é o fato de Murray ter mentido.
NO BRASIL...
Insisto: por ter mentido, Murray pegou quatro anos de prisão. Ora, se esta simples RODA fosse copiada pela nossa triste Justiça fico imaginando o número de anos de prisão que pegariam, por exemplo, os ministros e políticos envolvidos nos escabrosos casos de corrupção.
PRISÃO PERPÉTUA
Pois, sem medo de errar, creio que todos aqueles que têm algum discernimento arriscariam um palpite: pelo tamanho do desvio de dinheiro público; pela não devolução dos roubos; e, pelas mentiras esfarrapadas que dizem a todo momento, esses facínoras deveriam ser condenados, no mínimo, à prisão perpétua.
IMPUNIDADE E LENTIDÃO
É lógico que erros sempre acontecem. Entretanto precisamos nos concentrar nos acertos. Para obter o melhor de um país que se diz democrático a Justiça precisa ser ÁGIL e pronta para IMPEDIR A IMPUNIDADE. No Brasil, lamentavelmente, além de uma Justiça lenta, a impunidade corrre solta. Isto, aqui entre nós e o mundo, não é democracia.
OS EMPRESÁRIOS E OS JUROS
A manifestação da FIESP, ao criar o JURÔMETRO, foi de cabo de esquadra. Os líderes empresariais mostraram, simplesmente, o quanto desconhecem a economia. Ao invés de esclarecer que o governo não paga juros porque rola a dívida com emissão de novos títulos, usam o relógio para dizer, erradamente, que o governo desembolsa a quantia ali informada. Mais: antes de consultar os economistas que prestam serviço à entidade, saíram dizendo, ontem, que os juros simplesmente precisam cair. E as reformas, que são a causa dos juros, gente?