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25 out 2013

A REAÇÃO DO MINISTRO


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SEM TIRAR NEM POR
A reação do ministro Mantega, quanto às advertências feitas pelo FMI, pela OCDE, pela revista britânica The Economist, por centenas de economistas e, logicamente, também pelo Ponto Crítico, ficou exatamente dentro do esperado. Sem tirar nem por.
CÉREBRO
Aliás, coisa pra lá de sabida, é muito mais provável alguém encontrar manga em colete do que um pingo de humildade no cérebro de Mantega. Isto, certamente, se existe, de fato, este órgão na cabeça do ministro.
BLANCHARD
Ontem, ao se pronunciar a respeito do relatório do FMI, o nosso glorioso ministro da Fazenda simplificou tudo: definiu o documento como incoerente. Mais: disse que prefere ficar com a opinião do economista-chefe do Fundo, Olivier Blanchard, que, meses atrás se mostrou satisfeito com os programas e com o desempenho da economia brasileira. Bom seria se o nosso mau ministro desse um telefonema a Blanchard, antes de fazer tais declarações, não é mesmo?
DESMENTIDOS
Pois, mesmo que o FMI esteja totalmente equivocado, o que é absolutamente impossível diante dos incontestáveis números e situações destacados no relatório, ainda assim uma série de outras instituições e outros meios de comunicação também precisariam ser desmentidos pelo ministro Mantega.
SÓ ACERTOS
É mais do que sabido, por tudo que já assistimos ao longo desses anos em que o Brasil está nas mãos do PT, que até o presente momento todas as decisões foram acertadas. Não há erro, por menor que seja. O pífio crescimento da PIB, o retorno preocupante da inflação e o descontrole fiscal tem outros responsáveis que não o PT e seus líderes.
PROPAGANDA POLÍTICA
Quem se prestou a assistir a propaganda política do PT, que foi apresentada na noite de ontem na TV, deve ter saído com a sensação de que o Brasil é o melhor país do mundo. A Educação, graças ao Pronatec vai de vento em popa; os problemas da Saúde, com o programa Mais Médicos estão resolvidos. E a renda do povo, com o Bolsa Família, só cresce. Que tal?
ENDIVIDAMENTO
Como o povo em geral é desprovido de discernimento, a preocupação com o endividamento não é notada. Enquanto isso, o governo não faz outra coisa senão emitir títulos públicos. Como bem diz o pensador Rodrigo Constantino: O Tesouro acaba de colocar mais R$ 20 bilhões para o BNDES, que já recebeu mais de R$ 300 bilhões nos últimos anos. O governo finge que isso não afeta as contas públicas, pois a dívida líquida não aumenta (o débito do Tesouro é crédito do BNDES com os tomadores de empréstimo). Só que a dívida bruta sim, continua em alta, acendendo todas as luzes amarelas dos investidores.