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27 out 2016

A PALAVRA MÁGICA É -EFICIÊNCIA-


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ENTREVISTA DO PRESIDENTE DO IBGE

Recomendo a leitura da entrevista concedida pelo economista, pensador e atual presidente do IBGE, Paulo Rabello de Castro, ao jornal Valor Econômico, a qual está disponível na edição de hoje, 27/10. (http://cliente.linearclipping.com.br/ibge/site/m012/noticia.asp?cd_noticia=32207055) 

 


GASTOS PÚBLICOS

Ainda que boa parte da entrevista esteja relacionada ao IBGE, Paulo Rabello também discorre comentários sobre a situação fiscal do nosso empobrecido país e o que se pode esperar com a aprovação do Teto de Gastos Públicos, que agora só depende de votação no Senado. 


MBE

Primeiramente é bom lembrar que Paulo Rabello, antes de ser convidado para presidir o IBGE, era um dos coordenadores do MBE - Movimento Brasil Eficiente, cujas propostas não só assino embaixo como também tenho manifestado frequentemente nos meus editoriais. 


EFICIÊNCIA

Aproveitando a exposição que Paulo fez quanto a PEC que congela os GASTOS PÚBLICOS (já aprovada na Câmara e dependendo de aprovação no Senado) volto a afirmar o que tenho dito e repetido:  Se os GASTOS PÚBLICOS ficam impedidos de crescer além da inflação, a EFICIÊNCIA do SETOR PÚBLICO não tem este compromisso. 
 


PRODUTIVIDADE ATRAVÉS DA SIMPLIFICAÇÃO

Mais: a busca da EFICIÊNCIA deve ser exercitada, constantemente. Quanto maior a produtividade, que pode ser obtida com mais  simplificação e redução de processos, maior a economia dos gastos e, por consequência, na oferta dos serviços públicos. Que, certamente, precisam  mostrar boa qualidade.
 


ROMBO DA PREVIDÊNCIA

Chamo a atenção que a PEC DO TETO PARA OS GASTOS PÚBLICOS não será capaz de segurar, por exemplo, o dramático aumento da DÍVIDA PÚBLICA. Tudo porque estamos diante de um terrível e crescente ROMBO provocado pela PREVIDÊNCIA SOCIAL.

Só com esta pesada conta, agravada pela lei que estabelece o malvado -DIREITO ADQUIRIDO-, a DÍVIDA PÚBLICA não vai parar de crescer, o que implica em aumento do RISCO PAÍS. 


 


DESLOCAMENTO PERIGOSO

Como bem diz Paulo Rabello: - a curva entre dívida pública e PIB não só teve um deslocamento muito forte da casa dos 60% para a casa dos 70% do PIB como, e principalmente, não indica, mesmo nas hipóteses mais favoráveis que, dentro dos próximos dois a três anos, ela vai se estabilizar na faixa dos 70%, o que seria ainda razoável. Vai se deslocar para a faixa dos 80%, podendo ultrapassar os 90%, mesmo com a regra da PEC aplicada. Dependendo obviamente do cenário do PIB. E isso é muito preocupante. A relação dívida/PIB não consta explicitamente da PEC atual, eu teria preferido que o texto contemplasse isso, porque ficaria um novo regime fiscal mais permanente.