REDUÇÃO DE GASTOS PÚBLICOS
O que se ouve e lê nos últimos dias, a respeito da crise econômica europeia, é que vários países do Bloco estão sendo obrigados a reduzir drasticamente os gastos públicos.
RECADO
Ora, pelo número de países envolvidos, e pelo peso que os mesmos têm na economia mundial, o recado está dado: o necessário equilíbrio fiscal precisa ser entendido e seguido por todos.
GRITA GERAL
É mais do que sabido que é muito difícil reduzir despesas governamentais, depois que benefícios exagerados, frutos das políticas assistencialistas, foram concedidos. Aí a grita é geral e ninguém quer saber o que é o tal de déficit fiscal.
PROGRAMAS MISTOS
Para obter um mínimo de êxito no enfrentamento da redução dos gastos, os governos acabam produzindo programas mistos, com roupagem menos traumática: os cortes (sempre pouco radicais) das despesas públicas precisam ser acompanhados de aumento de impostos.
CUSTO-RISCO
Diante deste quadro dramático e, certamente, de efeito recessivo, uma coisa precisa ser muito bem entendida: enquanto a economia de vários países não cresce, ou cresce muito pouco, a dívida pública vem crescendo aceleradamente.Além disso, o custo da dívida também se eleva porque os investidores só compram títulos públicos desde que recebam algo a mais para compensar o tamanho do risco.
DÍVIDA EUROPEIA
A situação, enfim, é pra lá de complicada. Conforme estudos publicados quase que diariamente, a dívida pública europeia já aumentou algo como 25% nos últimos três anos (de 77% para 104%, até 2010). Nas condições atuais há quem projete para 2020 algo como 126% do PIB o percentual da dívida total dos países do Bloco.
FRUTO DE IDEOLOGIAS ATRASADAS
Muitos comentaristas têm se referido sobre os problemas do Euro. Agora, a pergunta que mais ecoa é: o Euro vai sobreviver?Pois, caso alguém acredite que SIM, o custo para muitos países será mais alto do que poderia. Caso o Euro não sobreviva, o que significa que cada país volte a ter sua moeda, com toda a certeza as desvalorizações das moedas serão fantásticas. O que acabaria melhorando o perfil da dívida desses países em relação ao PIB.Isto, entretanto, não elimina a necessidade de melhorar a Governança Pública, até agora a grande responsável pela crise. Faço questão de repetir o que venho dizendo desde 2008: esta crise não é do Capitalismo. É fruto de governos socialistas, cujas ideologias atrasadas são extremamente perdulárias para os contribuintes. Esta parte do edital de hoje, poucos entenderão, infelizmente