BRAÇO ARMADO
Somando-me aos milhões de brasileiros indignados e revoltados com as constantes invasões de terras, ruas, prédios públicos e outras tantas entidades, promovidas pelo MST, braço de guerrilhas dos governos petistas, entendi que deveria me manifestar sobre o péssimo assunto.
MELHORES PALAVRAS
Porém, ao ler o texto que me foi enviado por Percival Puggina, escritor e também integrante do nosso Grupo -
Pensar!
-, percebi que ali estavam as melhores palavras para escancarar o drama vivido pela nossa sociedade desprovida de autoridade. Sob o título: A Língua de Sogra do MST, eis o que Puggina escreve:
ESCÂNDALO?
Imagine se os traficantes de droga, como forma de ampliar o número de usuários, criassem um mês de promoções, tipo: Seu pó a preço de farinha!-, ou: Compre uma pedra e leve duas!. E suponha que esses fatos fossem abordados com naturalidade pela mídia e pelos poderes de Estado. Ou, então, imagine que os ladrões de carro programassem ações em âmbito nacional, como, por exemplo: -Curta a primavera andando a pé-, e realizassem um grande tour de force para aumentar o furto de veículos. E as autoridades não esboçassem reação alguma. Escândalo?
INVASÕES
Pois é isso que acontece em nosso país, há mais de uma década, no mês de abril. O MST, nestes dias que correm, rememora os episódios de Eldorado dos Carajás com um Abril Vermelho, desencadeando operações agressivas que incluem invasões de propriedades privadas e de prédios públicos e bloqueio de ruas e estradas.
42 AÇÕES
Até o último fim de semana, o mês em curso já contabilizava 42 ações praticadas em 16 estados. E tudo é considerado muito normal, porque, afinal de contas, trata-se de um movimento social cuja conduta criminosa não pode ser criminalizada sem grave ofensa a... A que mesmo? Ao direito de invadir? Ao direito de prejudicar o trânsito? Ao direito de destruir os bens alheios? Ao direito de cometer crimes e permanecer incógnito?
AÇÃO DESTRUTIVA
Note-se que não estamos perante uma gama de atividades lúdicas do tipo -Passe um dia no campo com o MST-, ou de celebrações cívicas, a exemplo das que são promovidas em lembrança às vítimas da Intentona Comunista de 1935. Não, não é isso. Em abril, o MST eleva o tom daquilo a que se dedica durante o ano inteiro: a ação destrutiva imposta pelo DNA dos movimentos revolucionários.
LÍNGUAS DE SOGRA
Trata-se de destruir o direito à propriedade privada, os bens alheios e as instituições do Estado Democrático de Direito ? entre elas o conjunto dos poderes de Estado. E de fazê-lo com a leniência deles, verdadeiros bobos da corte do movimento. Distraídos, como quase sempre, os Três Poderes (qualquer semelhança com Moe, Larry e Curly, os Três Patetas, corre por conta do leitor), vão da tolerância à inação, da perda de vigor à flacidez extrema. Sabem por quê? Porque eles supõem, no Olimpo onde vivem, que o movimento se volte apenas contra os -poderosos latifundiários do agronegócio-. No entanto, de modo muito especial, é para cada um deles, mais do que para proprietários e propriedades, que o MST e organizações conexas apontam as línguas de sogra de seu deboche. Eis porque o tema há muito tempo deixou de ser coisa de um grupo social para se tornar pauta necessária das escassas reservas de inteligência do país, ainda capazes de compreender como operam os movimentos revolucionários e de bem avaliar seu poder de destruição. Porque saiba, leitor, aquilo que os desnorteados bispos da Comissão Pastoral da Terra, surdos à voz dos pontífices, fingem não saber: a primeira tarefa dos movimentos revolucionários é a destruição; o que vem depois fica para depois (inclusive acabar com o clero, como sempre fizeram ao longo da história). Eles já estão na fase de, sem receio algum, apontar a língua de sogra para os poderes de Estado.