QUINTAL DA ECONOMIA
Suponho que a partir das últimas notícias a respeito do esgotamento do endividamento das famílias brasileiras, o grupo dos mais céticos vai diminuir. Até porque está mais do que evidente que a farta plantação de CRÉDITO que os governos Lula e Dilma semearam no quintal da nossa economia está contaminada por um índice crescente de inadimplência.
SOLO ECONÔMICO
Um dos males que esta COLHEITA oferece, pra lá de conhecida pelo mercado, é o enfraquecimento do solo econômico, que por sua vez reserva enormes dificuldades na proposição do crescimento das atividades no médio e longo prazo.
PESQUISA
A atual inadimplência, como informa a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), identifica que o número de famílias paulistanas com contas em atraso é o maior desde setembro de 2007, segundo nota expedida pela Fecomércio-SP.
ESGOTAMENTO
De acordo com levantamento, 21,8% dos moradores da capital, o equivalente a 782,8 mil famílias, estavam inadimplentes em abril. Em setembro de 2007, o total de famílias com contas atrasadas era de 23,5%.
DOSES DE CRÉDITO NAS VEIAS
Ao perceber que a encrenca promete se avolumar, o governo socialista brasileiro entendeu que inadimplência se cura com aplicações de fortes doses de crédito nas veias. Daí o corte dos juros dos bancos estatais, que possibilitará uma renegociação dos débitos a taxas menores, além de estimular a tomada de novos empréstimos.
BOMBA
Nada mais óbvio, portanto, de que estamos diante de uma bomba de efeito nem tão retardado. Como as famílias já estão pra lá de endividadas, quanto mais o governo estimular a concessão de crédito, tanto maior será o estrondo. Pode?
MODELO DE CRESCIMENTO
Como bem diz o professor Bergamini (Grupo Pensar), todo modelo de crescimento baseado no aumento do crédito passa por esse tipo de esgotamento. Como o governo está tentando fazer um subprime de juros no Brasil, para aumentar a capacidade de endividamento das famílias, em algum momento esse modelo explode.
ILHA DE PROSPERIDADE
Mais: o Brasil já passou esse tipo de crescimento (excesso de crédito) no período dos governos militares, com um crescimento médio na base de 10% ao ano. À época, os governantes afirmavam que o Brasil era uma ilha de prosperidade cercada de crises por todos os lados. Quando a crise chegou ao Brasil, no início da década de 1980, ficamos patinando na maionese por mais de 20 anos (com inflação e crescimento baixo). Que tal?