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03 mar 2011

A ECONOMIA EM DESTAQUE


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CRESCIMENTO DO PIB
Como o desempenho da economia é medido hoje quase que minuto a minuto, a divulgação do PIB brasileiro de 2010, cujo crescimento apresentou 7,5%, segundo o IBGE, ficou dentro do esperado. Portanto, mesmo que deva ser comemorada a taxa não surpreendeu.
MELHORES DO MUNDO
Há quem simplesmente fique radiante com o alto índice apresentado, imaginando que, a partir daí, já somos os melhores do mundo. Principalmente depois de comparar este nosso crescimento com o de países de primeiro mundo, fortemente atingidos pela crise de crédito mundial.
2011 DIFERENTE
Sem a mínima pretensão e/ou interesse de ser um estraga-prazer proponho aqui que observem o seguinte: neste ano de 2011 o Brasil não tem como repetir o mesmo desempenho de 2010. Por algumas razões básicas, como:
RITMO CHINÊS
1 - A taxa de investimento da economia brasileira no ano passado fechou em 18,4% do PIB. Para quem deseja crescer em ritmo chinês, a taxa de investimento precisa estar em torno 25% do PIB.
FATORES NEGATIVOS
2- A infra-estrutura e a carga fiscal e tributária são extremamente elevadas. Além disso a mão do Estado sobre a economia é extremamente pesada. Tais fatores contribuem sobremaneira para impedir um crescimento constante e sustentado.
TAXA DE INVESTIMENTO
Como a taxa de investimento foi insatisfatória, e a demanda (pelo efeito crédito acentuado) ficou bem acima do crescimento industrial, o resultado que já estamos colhendo neste início de 2011 é uma perigosa inflação, que já está sendo projetada para mais de 5,5%.
O TRISTE PAPEL DAS ENTIDADES
Em cima desta dura realidade, o COPOM só tinha um caminho a tomar: aumentar a taxa SELIC para 11,75% ao ano, como aconteceu ontem. Pois, o que mais espanta nisso tudo é que as entidades empresariais, como sempre fazem, saíram às ruas e ocuparam os microfones para criticar a decisão sensata do COPOM. Ora, ao invés de se organizarem para fazer protestos exigindo as necessárias reformas (que poderiam aumentar significativamente a taxa de investimento), os empresários, pela enésima vez, cometeram o mesmo erro de sempre: criticaram a consequência deixando as causas absolutamente intactas. Pode?