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12 mar 2009

A CONTRAPARTIDA


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PEDIDO DE OTIMISMO
Depois do anúncio da queda do PIB, o presidente Lula reagiu com um pedido de otimismo aos empresários, ontem, durante um evento. Ora, diante de tanta espontaneidade, mesmo que Lula não tenha me feito a mesma solicitação, me antecipo propondo a empunhar a bandeira.
BANDEIRA
Mas, antes de me declarar publicamente um otimista, e como os empresários ficaram sem palavras diante do presidente, proponho uma contrapartida: quero que Lula, com o mesmo entusiasmo com que discursou na ocasião, que empunhe a bandeira das reformas e a bandeira da redução drástica da carga tributária. Será que ele vai topar?
COM CAUSA
Com essa compensação, que me parece muito justa, honesta e correta, posso afirmar que os resultados seriam extremamente fantásticos para o país. Seria o bastante para que ficássemos, todos, exageradamente otimistas. Com causa, o que me parece mais importante.
COPOM
Ontem, depois de tanta pressão e inúmeros apelos da sociedade, o COPOM, finalmente, resolveu promover uma queda de 1,5 ponto percentual da taxa Selic. Maravilha, não? Pois continuo afirmando que, embora o corte tenha sido importante, não é aí que está o nosso maior problema.
CAUSAS INTACTAS
Tal qual um bando de baratas tontas, grande parte dos brasileiros, de todas as classes sociais, continua pedindo que o governo aja contra as consequências deixando, como de praxe, totalmente intactas as causas das nossas dificuldades.
O NOSSO CANCRO
Antes, mas muito antes de atacar os juros, o que o Brasil precisa mesmo é de uma decisiva redução da carga tributária. Aí é que reside o nosso cancro. A taxa básica, embora elevada, custa quase nada se comparada com a nossa carga de impostos. Trata-se de 11,25% contra 37%. Só por aí já dá para sentir qual é o mais danoso, não?
FLAGELO DUPLO
O Senado brasileiro, pelas fantásticas atitudes de seus ocupantes nos impõe, sistematicamente, dois tipos de flagelos:1- a forma pra lá de lamentável com que gasta o dinheiro dos contribuintes em benefício de seus ocupantes, sem o mínimo de honestidade e consideração; 2- a aprovação de leis absurdas que proporcionam rombos enormes e impensáveis nas contas públicas. Um flagelo duplo, insisto.Exemplos recentes: o caso do pagamento das horas-extras em período de recesso explica o primeiro trauma. E a sugestão do senador Sérgio Zambiasi, de que os mutuários de financiamentos habitacionais de interesse social fiquem isentos da consulta ao SPC. Fantástico, não?