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01 abr 2014

50 ANOS DO CONTRA-GOLPE


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CONTRA-GOLPE
Ontem, 31 de março, mais da metade dos noticiários que praticamente todos os meios de comunicação do país colocaram no ar foi reservado para destacar a passagem dos 50 anos da Revolução de 1964. Que, gostem ou não, nada mais foi do que um legítimo CONTRA-GOLPE decidido nas ruas pelo povo brasileiro.
50 ANOS
Como se viu, a data de ontem serviu, basicamente, para lembrar os sempre lamentáveis atos de tortura que foram praticados ao longo do período de intervenção militar. Atos esses, diga-se de passagem, que colaboraram decisivamente para fazer com que o povo passasse a acreditar, equivocadamente, que, no Brasil, a DIREITA é sinônimo de Forças Armadas.
SEM TIRAR NEM POR
Pois, sem tirar nem por o sagrado direito que as vítimas das torturas e seus familiares têm, de lembrar e lamentar aquilo que passaram, também preciso lembrar que se não fosse o Contra-Golpe o país estaria, indiscutivelmente, vivendo uma DITADURA DE ESQUERDA, a exemplo do que se passa em Cuba e Coreia do Norte, por exemplo.
OPINIÃO PÚBLICA
Sei, perfeitamente, que este editorial não ganhará muitos adeptos e muito menos grande alcance. Principalmente, porque a opinião pública já foi total e absolutamente convencida de que, em 1964, o que aconteceu no país foi um Golpe. Infelizmente, muitos poucos sabem que, na realidade, a única coisa que aconteceu mesmo foi um Contra-Golpe.
VITAMINADOS
Pois, passados esses 50 anos, chego à uma clara conclusão: a Revolução de 1964 foi um verdadeiro fiasco. Do jeito que foi feita serviu, lamentavelmente, para proporcionar a volta dos GOLPISTAS com muito mais força e organização. Além de vitaminados pelo sentimento de vingança trataram de se fortalecer através da formação de um poderoso clube denominado -Foro de São Paulo-, cujo papel tem sido o de promover, com grande êxito, o desenvolvimento do comunismo na América Latina.
NEUTRALIZADOS
Sei, também, o quanto é inútil ficar explicando para os mais jovens o que levou as Forças Armadas, em 1964, a atender a vontade da maioria do povo brasileiro, que NÃO QUERIA O COMUNISMO NO BRASIL, como defendia, com unhas e dentes, o então presidente João Goulart. Tais anseios, que se repetem hoje mais ainda do que nunca, são constantemente neutralizados, de forma extremamente estratégica, pelos lamentáveis atos de tortura que jamais deixarão de ser lembrados.
TIRO NO PÉ
Diante da clara associação que os militares têm para com a ditadura e torturas praticadas, não vejo como prudente pedir a volta das Forças Armadas para conter o vigoroso movimento NEO-COMUNISTA que aí está, batendo às portas do nosso pobre país. Vejo tais manifestações como um verdadeiro tiro no pé, uma vez que chamar quem mostrou pouca competência é atitude de incompetência ainda maior.