ECONOMIA CAMBALEANTE
Se o ano de 2008 se caracterizou como o ano de maior empregabilidade formal no país, o ano de 2009 começa anunciando que o desemprego deve dar o tom, para ser a grande notícia da nossa economia também cambaleante.
O CONSUMIDOR DESEMPREGA
Muito antes que alguém resolva fazer qualquer juízo de valor, e decida apontar a indústria como vilã, pelo fato de estar dispensando muitos trabalhadores, é bom que todos tenham em mente que o desempregador é tão somente o consumidor.
ESTOQUE
A indústria, quando percebe o encolhimento do consumo, tem por obrigação ajustar a produção de acordo com o que pode e vai vender. Fabricar para manter estocados os artigos produzidos significa colocar em xeque a própria indústria, que simplesmente não gira o estoque.
INSOLVÊNCIA
Quem produz acima da capacidade de consumo, além de não poder pagar seus fornecedores não poderá pagar, por óbvio, também os salários, impostos, aluguéis, empréstimos bancários, etc. Um empresa que se mostra insolvente se define como em situação falimentar.
SEM PIEDADE OU COMPAIXÃO
Portanto, quem imagina que a hora exige piedade e compaixão está desempenhando um mero papel de indutor da quebradeira, que por conseqüência provoca um desemprego muito maior. Anotem aí: empresa não se constitui para empregar, mas para produzir. Ou seja: para evitar que todos sejam dispensados, alguns precisam ser desempregados.
A HORA DO BOM GOVERNO
Quando o mercado mostra esse sintoma grave e dá o sério aviso da falta de disposição para o consumo, é a hora do bom governo entrar em ação, agindo com enorme rapidez. Não é o nosso caso, infelizmente. Governo correto, para tentar brecar a onda de desemprego faria, já, uma efetiva flexibilização das leis trabalhistas.
LÓGICA
Com custos menores as empresas teriam mais fôlego. E os consumidores, por sua vez, mais renda para consumir. Esta lógica, entretanto, está longe da cabeça dos nossos governantes e políticos petistas, principalmente, que estão exigindo uma redução da carga de trabalho sem mexer na remuneração. Pode?