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SEGUIR EM FRENTE - 14.02.24


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Por Fernanda Estivallet Ritter, presidente do Instituto de Estudos Empresariais (IEE)

 

Passado o Carnaval, o ano de 2024 finalmente começa no Brasil. Com o fim do recesso do Legislativo, pautas importantes para nosso país irão tomar as manchetes dos veículos de comunicação.

 

No último dia 5, na sessão conjunta de abertura da Câmara e do Senado, tivemos um tira-gosto do que está por vir. Começando pela nada agradável pauta da reoneração da folha de pagamento, da regulamentação da reforma tributária no que tange ao consumo e à renda e da regulamentação do uso da inteligência artificial.

 

Dentre essas, a reforma do Imposto de Renda, que prevê a taxação da distribuição dos lucros das empresas para os sócios, começa com o “banho de desânimo” naquele que se arrisca a empreender no país. Além da alta carga tributária já existente, agora o governo quer faturar em cima da razão de existir de uma empresa: gerar lucros aos seus acionistas.

 

A palavra lucro, vista com antipatia pelos mesmos desgostosos com o capitalismo, nada mais é do que o incentivo para o empreendedorismo

 

A palavra lucro, vista com antipatia pelos mesmos desgostosos com o capitalismo, nada mais é do que o incentivo para o empreendedorismo, a eficiência econômica, a competitividade e a inovação. A partir da busca dos melhores resultados para sua empresa, o empreendedor move a sociedade, gera riqueza e empregos.

 

Fica a esperança de que o Congresso ouça os setores produtivos e freie a busca incessante e insana do governo por mais arrecadação. Os congressistas sabem: quando o empresário não tem confiança, ele opta por não investir, não gera empregos e a economia não se move. Empresas que não geram lucros também não geram impostos, fazendo com que a arrecadação do governo caia. E esse ciclo de retrocesso vai impactando todos.

 

Um novo ano deve nos permitir olhar para a frente e trabalhar para construir soluções. Precisamos trazer para a pauta temas como a redução da intervenção estatal – diminuição da burocracia e de regulamentações – e simplificação de impostos.

 

Enquanto esse caminho para o progresso estiver obstruído, mais uma vez a resiliência do empresário brasileiro será essencial. Acostumado a enfrentar grandes desafios, ele seguirá produzindo. Passar por dificuldades e se reerguer fazem parte da vida do empreendedor brasileiro, que também tem o dom muito importante de, apesar dos percalços, seguir sempre em frente.