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12 jan 2006

VIVEMOS DE REMENDÕES E IMPOSTOS


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PERVERSO
O assunto ? pedágio nas estradas-, mostra o quanto o governo do RS é mau e perverso. Nesta semana, como é sabido, o Governo do RS e as concessionárias de rodovias gaúchas assinaram um termo aditivo prorrogando até o 31 de dezembro de 2006 o prazo para definição do equilíbrio econômico-financeiro dos contratos de concessões. Pelo acordo, durante o período de definição, não haverá novos aumentos de tarifas e nem a abertura de novas praças de pedágios no RS. De acordo com o termo aditivo, as concessionárias manterão os serviços de atendimento com guinchos, ambulâncias e a manutenção dos perímetros urbanos.
A FUGA DO PROBLEMA
Com relação a este assunto creio que melhor seria dizer o que Rigotto, mais uma vez, fugiu do problema. Alias, não é a primeira vez que faz isto, o que acaba por reafirmar que sempre detestou o sistema de concessão de estradas. Este o mal dos governantes de pouca visão e mentes atrofiadas.Não sabem conduzir o que é bom e vibram quando o caos se instala. Além disso atiça e influencia a sociedade levando-a a um pensamento perigoso. O resultado é que ninguém mais quer saber de pagar tarifas para usar as estradas e diz que isto é responsabilidade de Estado. Quem ainda se posiciona a favor da cobrança é imediatamente escorraçado sem direito a argumentar.
REMENDÃO
Para melhor esclarecer o tema basta observar o que já estamos assistindo hoje, quanto ao grande desperdício de dinheiro público com o programa de remendo das estradas federais. Serão milhões de reais postos fora, literalmente. Melhor seria que outras providências fossem tomadas, como, por exemplo, transferir os trechos em má situação para a iniciativa privada, pelo sistema vencedor de concessões de rodovias.
VANTAGENS
Vamos deixar bem claro que a imprensa, mais uma vez, comete equívocos fantásticos quando diz que as estradas concedidas são privatizadas. Besteira. Não existe estrada privada no Brasil. Os que conseguimos até agora, a muito custo, são contratos feitos pelos governos com empresas privadas, para que sejam conservados certos e ainda poucos trechos rodoviários. Tais concessões não estabelecem tarifas ao gosto e vontade dos concessionários. São muitos os fatores que compõem a equação que define o preço das tarifas. E as agências foram criadas para regularem, fiscalizarem e discutirem os itens que formam o preço das tarifas. Infelizmente, ao invés de agradecermos pela seriedade, somos confundidos pela imprensa, e por maus governantes, a ficarmos com ódio de quem só quer o cumprimento dos contratos.
O QUE SOBRA
Impedindo a cobrança ou o reajuste dos pedágiosl, conforme reza nos contratos, a coisa fica assim: 1- As estradas não mais serão mantidas; 2- Como o Estado não dispõe de recursos para fazer a manutenção passaremos a trafegar sobre buracos e mais buracos como já ocorre com as estradas não pedagiadas; 3- Ao ver os contratos deixarem de ser cumpridos, as Concessionárias só tem um caminho: irão à Justiça e certamente acabarão por serem indenizadas; 5- Além de ficar sem as estradas em condições de trafegabilidade vamos pagar um pedágio mais caro, em forma de novos impostos para cobrir o rombo que a Justiça vai nos impor; 6-Além de tudo, por ficar bem mais caro e muito menos confortável, novos investidores nunca mais virão para o RS depois da catástrofe.
FORA IMPOSTO!
É normal que a sociedade não goste de pagar pedágio. Mas a questão já não pode ser colocada assim. O que todos querem é trafegar em estradas boas. Assim como em algum dia também não se admitia pagar por ensino e por tratamento de saúde, hoje se paga convencido de que precisamos de qualidade. O pedágio, portanto, que deveria ser condenado e repudiado é o imposto, que é pago sem qualquer contrapartida. Isto é o que precisa ser reclamado. Quanto aos pedágios rodoviários, ao menos já sabe que, pagando uma tarifa, se consegue economizar no custo de manutenção do seu veículo. A raiva, portanto, é que está sendo direcionada no sentido errado. Precisa ser contra o pedágio-imposto e não contra o pedágio-estrada.
MÁRIO QUINTANA
O Governo do RS, através da Secretaria de Cultura e do Instituto Estadual do Livro, juntamente com a Casa de Cultura Mario Quintana e a Cia Zaffari, realizam dia 17 de janeiro o primeiro evento do ano em comemoração ao centenário de nascimento do poeta Mario Quintana. No átrio do Bourbon Shopping Center, serão lançados os livros ?Mario Quintana, poeta, caminhante e sonhador?, editado pelo IEL, e ?Quinta essência de Quintana, dicionário Mario Quintana?, editado pela Cia. Zaffari.
INVESTIMENTO
O governador Germano Rigotto e a direção da Digitel anunciaram ontem, ainstalação de uma unidade em Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre,no terreno anteriormente destinado à Dell Computer. Serão investidos na planta, nos próximos dez anos, R$ 100 milhões.
PARCERIA
A Associação Beneficente e Educacional de 1858, ABE, mantenedora do Colégio Farroupilha, acaba de firmar parceria com o Espaço de Saúde e Bem-Estar do Hospital Moinhos de Vento, localizado no Shopping Iguatemi. O convênio prevê a prestação de serviços pelo Espaço, em suas instalações, e a integração ao projeto de educação formal do Farroupilha, promovendo a saúde e qualidade de vida junto à comunidade escolar.
CONCURSO
A Claro anuncia um concurso cultural que levará os vencedores para assistir ao show dos Rolling Stones, na praia de Copacabana, no dia 18 de fevereiro, com tudo pago. A operadora é patrocinadora da turnê brasileira do grupo e o concurso dará direito a um par de convites para a área VIP do evento, passagem aérea ida/volta, translado aeroporto/hotel e hotel/aeroporto, alimentação e hospedagem no Rio de Janeiro durante o período do evento.Para participar, os interessados devem enviar uma frase, via SMS ou hot site, respondendo: ?Qual a maior loucura que você faria para assistir ao Rolling Stones na área VIP da Claro??. No total, serão distribuídos 8 pares de ingresso.Os clientes da Claro podem enviar a frase via hot site no www.claro.com.br
INAUGURAÇÃO
A Aracruz Celulose inaugura hoje as obras de modernização da Unidade Guaíba, que aumentam a capacidade de 400 mil para 430 mil toneladas anuais de celulose branqueada de eucalipto. Foram investidos R$ 150 milhões, sendo R$ 100 milhões aplicados na indústria e R$ 50 milhões em melhorias e expansão florestal.