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06 jan 2005

UMA INTERMINÁVEL TAXAÇÃO


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ONDA DE COMPENSAÇÕES
Estamos vivendo, infelizmente, um período interminável de pedidos de compensações. Absurdas. E de todos os lados. E quase todas, se satisfeitas, representam perdas brutais para a sociedade e certas vantagens para alguns grupos mais privilegiados. Confiram comigo:
COMPENSAÇÕES ABSURDAS
1- os governadores pedem o que não é devido, baseados na hoje caduca Lei Kandir, que representam, na realidade, mais custos para os contribuintes; 2- o governo federal quer compensar as perdas que teve com o ajuste da tabela do IR tributando as empresas que optaram pela CSLL; 3- e agora, mais uma vez, os agricultores voltaram a exigir que a estiagem deve ser paga pela sociedade.
IRRIGAÇÃO ARTIFICIAL
É de chorar, gente. Esta dos agricultores exigirem compensação pelos prejuízos promovidos pelas secas chega a dar raiva. Principalmente porque todo o ano acontece a mesma coisa. E, lamentavelmente, todos continuam ainda se recusando a fazer investimentos em irrigação artificial, protegendo suas lavouras. E quando os focos de seca aparecem, nem a imprensa quer entender que a natureza não é a culpada, e muito menos os contribuintes.
OS VERDADEIROS CULPADOS
Os verdadeiros culpados, coisa jamais revelada, são exclusivamente os imprevidentes que evitam se proteger contra fenômenos climáticos e contra queda de preços no mercado. E para ambos os riscos há formas corretas e eficientes de proteção. A primeira, com sistemas modernos de irrigação. E a segunda, com operações no mercado futuro.
NÓS SOMOS O HEDGE
Enquanto nada disso é operado, nós é que somos instrumentos de proteção. Gente, nós somos o hedge. Sem esta educação primária não há como haver empresários de setor rural. Temos especuladores de clima e de preços e não empreendedores capazes. Ou seja, o hedge é o dinheiro da sociedade. Pode?
IMPOSTO DE RENDA
Depois que o governo federal de forma surpreendente, na calada da noite de 30 de dezembro de 2004, por Medida Provisória, resolveu aumentar o IR para que optou pela CSLL, cabe agora à oposição fazer a sua parte, impedindo a aprovação da mesma no Congresso. Alguns já estão se manifestando, mas temo muito quando deputados e senadores dizem coisas assim. A única coisa que espero nisto tudo é que os deputados gaúchos não sejam consultados. Nem os estaduais nem os federais. Aqui, como se sabe, os nossos deputados adoram aumento de impostos.
ISS
Por 40 votos a zero, a Câmara de Vereadores do Rio aprovou em primeira discussão o projeto de lei que reduz de 5% para 2% a alíquota do ISS cobrado para a realização de feiras e eventos na cidade. O objetivo é igualar o percentual de São Paulo. O projeto, o primeiro aprovado na convocação extraordinária, voltará a ser apreciado em segunda discussão nos próximos dias. Tomara que os nossos vereadores de PA aprendam com os cariocas.
MINA DE OURO
A Aracruz fechou 2004 com diversos recordes. Em dezembro, as fábricas A, B e C da Unidade Barra do Riacho, localizadas no Espírito Santo, alcançaram novos patamares individuais de produção diária e produziram juntas 194.560 toneladas de celulose. Esta marca significa 9.284 toneladas a mais do que a anterior, registrada em novembro. A produção anual prevista para 2004 também foi superada. Foram 43 mil toneladas a mais, fechando com saldo positivo as três linhas de produção capixabas. As fábricas A e C atingiram novos recordes de qualidade padrão exportação, com 98% e 97,3% respectivamente. A Unidade Guaíba da Aracruz, no Rio Grande do Sul, também bateu recorde de produção de celulose branqueada de eucalipto. Chegou a 400.291 toneladas produzidas ? marca 6% superior à anterior, registrada no ano passado.