DESCOBRINDO O PARAGUAI - 1
Quando se fala em Mercosul, tudo o que vem à nossa cabeça é Brasil e Argentina. O Uruguai até consegue ser comentado, embora como um país de menor importância. O Paraguai, então, nem se fala. Parece não estar entre os países que compõem o Mercosul, tal o desconhecimento que se tem daquele país. Aliás, quando se fala em Paraguai, o que mais se tem notícia é de Ciudad Del Este e seu comércio ilegal, os sacoleiros contrabandistas que fazem o vai e vem na Ponte da Amizade e a certeza de que é um território para onde são despachados os carros roubados no Brasil. Basicamente é isso.
DESCOBRINDO O PARAGUAI- 2
Pois é, mas pelo que ouvi do leitor assíduo e consultor, Evandro Puggina, que mora em Assunção há alguns anos, muitas coisas estão acontecendo por lá. E uma das atitudes tomadas pelo governo paraguaio, para aumentar o nível de emprego, foi a criação de sistemas de incentivos fiscais incomparáveis na América Latina. Como o Paraguai não tem grande população e a renda per capita é baixa, muito antes de entender que a saída pode estar no aumento do consumo interno, preferiu promover a criação de postos de trabalho. Para tanto, o caminho é dar oportunidade para o desenvolvimento das empresas maquiladoras.
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São indústrias que, atraídas pela baixíssima tributação oferecida e reduzido custo de encargos trabalhistas, se estabelecem no Paraguai. Fazendo parte do Mercosul, estas empresas importam matérias primas, produzem com mão de obra de lá e exportam os produtos prontos. Duas instituições foram criadas para receber, orientar e aprovar projetos: o CEMAP ? Centro de Empresas Maquiladoras do Paraguai ?, órgão privado, e o CNIME - Conselho Nacional de Incentivo às Maquiladoras - que é o órgão público.
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Imagine uma empresa brasileira desfrutando destas vantagens. O imposto sobre o valor faturado é único. E é só de 1%. Nada mais. Se na formação do produto acabado tiver 60% vindo de fora, a taxação é de tão somente 1% sobre os 60%. Quem tem mercado na América Latina para seus produtos, não tem coisa melhor, pois todos ficam mais perto do Paraguai. Além disso, não há regime de cotas, coisa que os argentinos entendem muito. Puggina, que faz parte do Foro Brasil, quer participar de reunião com empresários daqui para mostrar todas as vantagens. E se compromete a trazer gente do governo para atestar suas colocações. Ótimo.
O CRÍTICO
O ontem Governador e hoje Ministro das Cidades (?), Olívio Dutra, resolveu fazer críticas ao governo Rigotto. Até aí tudo bem, pois ainda é possível falar o que se quer neste país. Só que, vindo de onde vêm, as críticas não podem ser levadas a sério. No máximo criam, ainda, alguma irritação, mas nada mais do que isso. Afinal, e a propósito, o que faz mesmo, ou deveria fazer, um ministro das Cidades?
MAILSON
Ex-ministro da Fazenda, Mailson da Nóbrega, participa nesta quinta-feira, 23, em Porto Alegre, de evento promovido pela Microsiga e Intel.A programação inclui também apresentações para o setor de TI e inicia às 19h30min, na Fiergs. Como os números da economia atestam os acertos da política econômica do governo Lula, foi muito oportuna a resposta dada por Mailson da Nóbrega, quando recentemente perguntado sobre o maior risco que o Brasil vive nos dias de hoje: o risco de Lula voltar a ser petista. Respondeu tudo.
TUMELERO
Na próxima 6ª feira, 24, a Rede de Lojas Tumelero apresenta à imprensa o seu mais novo produto: o Consórcio de Materiais de Construção e Acabamentos, administrado pela Battistella Administradora de Consórcios. O plano pretende atender a uma faixa de mercado que deseja fazer uma reforma em sua casa, ampliar uma área interna ou externa de sua propriedade ou, até mesmo, construir um pequeno imóvel, preenchendo uma fatia do mercado que apontava lacunas para os pequenos financiamentos.
OS CANDIDATOS
Estive observando o perfil dos nossos candidatos à Prefeitura de Porto Alegre. Nenhum deles fez curso de administração. Se lhes falta o mínimo conhecimento de administração, como podem querer administrar uma cidade? O mesmo acontece com a maioria dos candidatos a vereador. Todos dizem o que querem e o que vão fazer. Todos afirmam ser honestos e dignos. Pelo visto teremos muita ética. Mas, por outro lado, pouco conhecimento da ciência de administrar. Será?
