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13 abr 2005

UM PROBLEMA DE GEOGRAFIA E DE GOVERNO


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A GEOGRAFIA
O Estado do RS, pela sua posição geográfica, confirma a sua má localização que só piora mais ainda pelas atitudes lamentáveis do governo gaúcho. Entendam a situação: Se para os localizados nos extremos de um país já é complicada e de grande dificuldade para competir com quem produz na região mais centralizada, imaginem quando o tal extremo fica bem mais longe dos melhores mercados do exterior.
MAIOR CUSTO DE TRANSPORTE
Pois, o RS tem esta grande dificuldade. Que se apresenta mais complicada ainda comparada com os Estados do norte e do nordeste do país, também extremos. Se já estamos muito distantes dos compradores do mercado interno, os produtos fabricados no sul, principalmente aqueles que contém insumos vindos de outras regiões, ficam sem qualquer competitividade quando é levado em consideração o custo do transporte das mercadorias antes e depois da produção. Resta, portanto, diante de tanta dificuldade, tentar o mercado internacional.
VIZINHOS BAIRRISTAS
Neste caso, de antemão, já sabemos que os melhores mercados de consumo estão localizados no hemisfério norte (EUA e Europa), o que beneficia bem mais quem está localizado nos Estados das regiões norte e nordeste. Quem fica no sul do Brasil só pode ser competitivo para seus vizinhos mais próximos que, no entanto, são países pobres ou remediados. Todos, infelizmente, de terceiro mundo. E carregados de problemas de bairrismo e protecionismo.
COMPETIR COM QUEM?
Assim, quando empreendedores teimosos ainda insistem em fixar suas empresas no RS, fica a idéia falsa de que o Estado tem vocação exportadora. Nada disso. Tem vocação somente para acreditar que ainda pode produzir e vender. A exportação não é vocação. É a única saída possível, embora tímida. E, agora, apesar da grande dificuldade que a geografia impõem, mesmo assim o governo gaúcho entende que esta mania de querer ser exportador precisa ser abortada. E para tanto, o ICMS que é pago na compra dos insumos localizados fora do RS não devem ser ressarcidos. Aí, o RS vai competir com quem?
LIBERDADE DE IMPRENSA
O encontro realizado em Porto Alegre nesta semana, que marcou o lançamento da Rede em Defesa da Liberdade de Imprensa na Região Sul -, teve como tema o - Acesso à Informação Pública -. Pouca gente sabe, mas documentos entendidos como ultra-secretos são mantidos em sigilo por 30 anos com prazo prorrogável por outros 30 anos. E já foi pior, atingindo 50 anos com prorrogação por outros 50 anos ou mais.
SEM PROCESSOS
Um representante da imprensa local entende que só os documentos que põem em risco a segurança pública deveriam ser preservados, mas os demais deveriam ter exposição imediata. Mas, considerando o encontro como importante, o que mais chamou a atenção foi a declaração, ao final, do governador Rigotto: - Nenhum jornalista será processado no meu governo. - Parabéns, Rigotto.
PREGÃO ELETRÔNICO
O emprego de leilões virtuais promoveu, em 19 meses, redução de despesas da ordem de R$ 32,2 milhões nos cofres do Estado do RS, com a gestão de bens e contratação de serviços. Desde a implantação, em outubro de 2003, proporcionou ao Executivo preços em média 20% menores, considerando a diferença entre o valor estimado para compra e o valor resultante da transação, além de reduzir em 40% no tempo gasto nas licitações, pela quase inexistência de burocracia. Porquê ainda não chegou aos medicamentos esta maravilha?