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29 jan 2007

UM LULA DIFERENTE?


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SINISTRO
O Fórum Econômico Mundial de 2007, encerrado ontem, 28, em Davos, teve a presença de um Lula bem diferente dos anos anteriores. E para melhor, felizmente. Quem diria que o nosso sempre sinistro, e nunca confiável presidente, ainda fosse dizer o que disse, de forma enfática, no Fórum de Davos. Principalmente porque Lula é primo-irmão ideológico de Hugo Chávez e Evo Morales.
SURTOU?
Ao afirmar que os países pobres precisam parar de chorar misérias, admitiu, finalmente, que a responsabilidade é muito nossa pelos problemas existentes, e que precisam ser enfrentados. Simplesmente, Lula usou de inteligência. Surtou? Tomara que esteja convencido do que disse, pois trata-se da mais pura realidade.
OPOSIÇÃO POBRE
O curioso é que, enquanto Lula dizia, na Suíça, com muita correção, que não há mágica para reduzir juros, aqui no Brasil, e aí de forma lamentável, o governador Serra dava entrevista exigindo um Banco Central nada independente. Mostrou uma oposição pobre e incapaz de seduzir quem não suporta a política econômica petista.
A PAU E CORDA
Serra foi pra lá de infeliz e nada inteligente ao dizer que o câmbio precisa de intervenção governamental. Em outras palavras: quer desvalorizar o real. Assim é duro Sr. Serra. O Banco Central está conseguindo a pau e corda segurar o cambio no patamar atual, comprando muitos dólares no mercado. Não fosse a ação do BC o real valeria menos do que R$ 1,50/dólar.
REFORMAS
Enfim, o que precisa ser dito, gritado e repetido, tanto pela situação quanto pela oposição, e pela sociedade toda, continua sendo pouco explorado. Isto é: as reformas trabalhista, política, previdenciária (principalmente), tributária, etc... Sem elas nada se resolve e tudo é protelado.
SONO PROFUNDO
Ah, falando nisto avisem, pelo amor de Deus, o nosso vice, Jose Alencar, quando ele acordar do seu sono profundo, que bastaria reformar a previdência para que os juros, sem a ajuda de ninguém, caíssem por força de oferta no mercado. Tal qual está acontecendo com as batatas em Guarapuava, no Paraná.
CONSEQUÊNCIA
Sobraria, caro Alencar, tanto dinheiro no mercado que o BC não precisaria mais tomar um centavo para cobrir o déficit nominal. Os juros, que não passam de mera conseqüência, cairiam por excesso de oferta de dinheiro. Como já acontece com o câmbio, onde o real cai pela oferta enorme de dólares.