OS BAJULADORES
Para aqueles que pretendem conhecer Porto Alegre, cantada em prosa e verso, equivocadamente, como a capital de melhor qualidade de vida do país, precisa saber como agem muitos de seus vereadores. Quando tomarem conhecimento do acontecido nesta semana, na Tribuna Popular, estou certo de que muita gente vai desistir. Até os moradores vão querer sair correndo de Porto Alegre. No mínimo compreenderão como a capital ficou totalmente entregue às baratas, aos carroceiros, aos informais, ao diabo. É um faroeste e tanto. Por defenderem o indefensável, tais vereadores viraram bajuladores dos ilegais e não atacam os problemas da cidade como deveriam, ou seja, votando por menos impostos municipais e se manifestando pela queda dos impostos estaduais e federais. Só isto já permitiria a diminuição drástica da informalidade.
AS RUAS TÊM DONO
Depois de lerem a transcrição que está em anexo vão perceber que ninguém estará mais obrigado a pagar impostos por aqui. Se os informais, já apelidados de camelôs, não precisam pagar impostos e, inclusive, ganham a concordância do Legislativo Municipal, qual a razão para os que formais paguem? A jurisprudência está formada, gente. Além disso, os próprios edis entenderam que as ruas têm dono. Pertencem definitivamente aos informais. Loucura total. Não deixem de ler. É uma pérola. Uma apologia ao crime. Em anexo.
EXPOINTER: O MOTE
Como em todas as feiras, congressos e convenções, para chamar a atenção do público é sempre importante ter um mote, uma referência. Isto ajuda os promotores, que justificam certos resultados antes, durante e depois do evento. Na Expointer 2005, que está iniciando hoje, o mote já existe: botar toda a culpa dos maus resultados do agribusiness gaúcho, na estiagem. Uma forma já bem conhecida de não pagar os empréstimos obtidos. Não deixam de ter razão os agricultores, em identificar no clima uma parcela do fracasso desta safra, mas não é a única nem tampouco a mais significativa. Estou convencido de que 90% dos insucessos colhidos pelos gaúchos, de todos os setores (primário, secundário e terciário) da economia do RS, estão identificados na gestão do PT, com Olívio Dutra.
ESTIAGEM GOVERNAMENTAL
Gente, o desastre foi muito grande. A estiagem governamental é muito superior à estiagem climática. E uma possível recuperação só pode acontecer nos próximos 20 a 30 anos. E no atual governo, com Rigotto, as coisas não melhoraram muito. Pouco agressivo na busca de soluções, vem usando a maior parte do tempo mais consertando pneu do que tentar ganhando a estrada. Além disso, mostrou inexplicável paixão por aumento de impostos e recusa para promover privatizações.O que é uma pena.
O FESTEIRO
Aliás, Rigotto gosta mesmo é de participar de inaugurações, festas e homenagens. O homem não perde uma. E fala em todas. Desde festas de batizado ou crisma, até inaugurações de placas de estacionamentos. Qualquer coisa serve para que Rigotto confirme participação, apareça e discurse. Nesta semana, o governador inaugurou o término da colocação de uma tela e um portão, doados pelo Grupo Gerdau no Parque de Exposições de Esteio. Rigotto, por não medir adequadamente a importância dos eventos para o os quais é convidado, mostra uma agenda de trabalho muito vazia. Isto bem explica a dificuldade que os comunicadores tem para obter alguma entrevista com Rigotto. O governador de São Paulo, que está bem mais longe do RS, é mais solícito e mais disponível do que o governador do RS. Alckmin sabe o que é mais importante.
EM RITMO DE DESPEDIDA
Lula só é notícia por ser presidente. E ganha as manchetes porque, geralmente, diz muitas bobagens. Nada a comentar sobre sua preferência, ao fazer comparações com presidentes anteriores. Escolheu Juscelino. Disse que é pela paciência, coisa que não é mesmo o seu forte. Lula sempre quis tudo muito mais na marra, como mostra pelo ódio que destila quando discursa. Embora até tenha diminuído o tom nas suas últimas aparições, está se apresentando agora como se estivesse se despedindo. Tomara.