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08 mar 2005

UM DIA PARA DEIXAR DE EXISTIR


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DIA DA MULHER
A cada ano mais se festeja o Dia Internacional da Mulher. Gostaria de cumprimentar às mulheres pelo transcurso, mas prefiro fazê-lo todos os dias sem a necessidade de lembrança da existência de um dia específico. Afinal, quando se elege uma data significa que alguma discriminação exista, coisa que há muito deixou de ser uma realidade no nosso país. Isto, como se sabe, está mais para países islâmicos, principalmente, onde as mulheres ainda são consideradas instrumentos de procriação.
PARADOXO
Pelo grau de instrução das nossas mulheres, creio que as mais inteligentes deveriam começar a fazer um movimento sério para acabar com a data e buscar a igualdade naquilo que ainda não está sendo praticado. Por exemplo: na idade da aposentadoria. Partindo da verdadeira lógica, onde a matemática pura aponta, as mulheres vivem muito mais do que os homens. E, paradoxalmente, são elas que se aposentam com menos idade. E isto, penso, já é hora de acabar.
DIA DA CONSCIÊNCIA DA MULHER
As mulheres, muito sabedoras e bastante cientes do problema, querendo se aproximar ao máximo de igualdade com os homens, naquilo em que pode haver igualdade, tem uma grande saída: basta que renunciem ao privilégio. Se assim o fizerem justificarão, então, não um só Dia da Mulher por ano, mas o dia em que elas finalmente passaram a ter consciência daquilo que faz a tal diferença. Ou melhor, que deixe de existir uma grande diferença. Será o Dia da Consciência da Mulher.
CONTRATOS
Contratos são feitos por duas formas: oral ou escrita. O que é dito e escrito deve ser cumprido. Isto é contrato, um compromisso. Ao ser eleito para o governo do RS, Rigotto recebeu muitos votos decisivos por afirmar que não aumentaria impostos. Não cumpriu o contrato oral. Faltou com a palavra. É ruim. Péssimo. Como se não bastasse, quer agora descumprir um contrato escrito, assinado e referendado pela Assembléia Legislativa: quer impedir a instalação de praças de pedágio já definidas, acertadas, e assinadas.
CONTRATO ESCRITO
Estamos mal. O governo já não cumpriu com um contrato oral, pretende também não cumprir um contrato escrito. Só que, a exemplo do governo anterior, acabará sendo obrigado pela justiça a honrar o escrito. O que vai custar bem mais caro para os contribuintes, pois será acrescido de multa e outras penalidades. Além, é claro de ficar com a pecha de não cumpridor do que promete e escreve.
SINA DO ATRASO
Tais comportamentos objetivam afastar cada vez mais novos investidores do RS. Um pavor. Porquê, gente, temos esta sina de querer ficar no atraso e viver constantemente com a elevação do risco? Quando, afinal, os governos tomarão providências para estancar os erros que cometem e seus custos absurdos? Quando deixarão de impedir que as coisas certas aconteçam ao invés de permitir que os equívocos permaneçam? Quando, afinal?
FORA IPVA!
Os pedágios, gente, com toda a certeza, representam algo de bom para as nossas estradas, enquanto que o IPVA representa o câncer, tudo de ruim. E o governo quer acabar exatamente com o pedágio quando deveria acabar com o imposto. Aí é que a palavra do governo deveria existir. Onde, infelizmente deixa de acontecer. E a opinião pública, simplesmente, por falta de discernimento, pouco leva isto em consideração. Fora IPVA.