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20 jan 2005

UM CRESCIMENTO COMPLICADO


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ONDE COLOCAR MAIS GRÃOS?
A safra agrícola brasileira para este ano está estimada em 130 a 132 mm de toneladas. O que significa um acréscimo de 10 mm de tons sobre o ano anterior. Dá para festejar? Pela quantidade, que evidencia que temos capacidade de produção, sim. Mas, pela capacidade de escoamento existente, infelizmente, não.
GARGALO
Observem: a safra, obviamente, acontece dentro do período do ano. Já a logística disponível, que já havia se mostrado insuficiente para o que foi colhido em 2004, não poderá acompanhar o crescimento da colheita de 2005. Ou seja, não há condições de produzir durante o ano, caminhões, vagões, estradas e silos para armazenagem com a mesma velocidade que estamos verificando o aumento da produção de grãos.
COPOM
Aproveitando o assunto safra, bastou o Copom se definir pelo aumento de 0,5 ponto percentual na taxa Selic e, pronto: foi aberta mais uma safra de bobagens sempre ditas e repetidas todos os meses, por algumas lideranças empresariais e sindicais. O que mais se ouviu, pelas declarações ridículas de sempre, foram expectativas de que a economia será freada, teremos mais aumento de desemprego e outras coisas mais.
INFORMAÇÃO?
Um jornal foi até mais longe, ao afirmar que a dívida interna vai aumentar em 50 bilhões de reais pelo efeito juros. É dose. O raciocínio usado foi simplesmente igual a uma conta mal feita. Afinal, para obter este resultado só que a medida tomada for duradoura e permanente, até o final do ano. Enfim, ao invés de prestarem informações com a verdade, preferem usar meias verdades e grossas mentiras, que nada contribuem para que a sociedade compreenda corretamente a situação e a decisão do Copom.
MP 232
Se alguém está pensando que o governo vai ceder na MP 232 pode ir tirando o cavalinho da chuva. Haverá, na melhor das hipóteses, algum ajuste. Mas, nada substancial. O caminho, portanto, para quem vinha optando pelo lucro presumido, será utilizar a forma de tributação pelo lucro real.
FALÊNCIA
Francamente não entendi como séria a notícia de que a empresa Toigo tenha ido à falência pelo efeito do câmbio e do ICMS da exportação. Os jornais se precipitaram ao divulgar tais causas,sem sentido. Primeiro, porque o dólar é flutuante e os preços do produtos exportados precisam ser administrados à luz das variáveis de mercado. Uma questão de competência empresarial. Segundo, que a medida tomada pelo governo gaúcho ainda não está sendo operada. Caso o governo mantenha o que pretende, aí sim muitas empresas podem desaparecer. A falência da Toigo foi por outros motivos.
TRÊS FORDs
Pelo que tive notícia, os números apurados e divulgados pela área econômica da Fiergs, em reunião interna, é de estarrecer. Segundo o estudo, as perdas que o RS terá com as decisões monstruosas que o governo gaúcho pretende com os exportadores é equivalente a três vezes o investimento perdido da Ford. Se perder a Ford já foi algo imperdoável e inesquecível, imaginem perder 3 Fords. Vão queimar vivo o governador Rigotto.
MELIGENI
Numa programação de gala, que terá a presença do tenista Fernando Meligeni, o condomínio Green Village, de Xangri-lá, RS, inaugura neste final de semana o seu complexo de tênis. O empreendimento é o único no Brasil a oferecer três opções de quadras: piso de saibro (coberta com arquibancadas), piso rápido e grama sintética, importada dos Estados Unidos, inédita no Estado e a mesma utilizada para os treinamentos de Guga em Florianópolis. O programa inaugural terá início nesta 6ª feira, 21, às 18h, com visita de reconhecimento de Meligeni ao complexo, seguida de entrevista coletiva à imprensa.