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14 fev 2005

TUDO PELA TRANSPARÊNCIA


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OUT DOORS COM FOTO
A partir desta semana, em todo o Estado do RS, começam a ser divulgadas as fotos dos deputados que votaram a favor de duas tragédias: 1- o aumento do ICMS sobre telefonia, energia e combustíveis; e, 2- da incrível impossibilidade de ressarcimento do mesmo tributo para os exportadores. É provável que dentro de pouco tempo muitos eleitores até esqueçam o que os malfeitores fizeram. Mas, é exatamente para lembrá-los que a ACLAME entendeu como necessária à fixação esta lembrança aos menos privilegiados mentais.
PARA NAO ESQUECER
Ora, se existe uma constante preocupação de nunca esquecer o que fizeram os ditadores, os sanguinários e outros mais, deve existir também para com quem nos brindou com estes terríveis saques tributários. Principalmente depois de se elegerem se dizendo sempre contra qualquer aumento de imposto. De minha parte vou fazer de tudo para que nunca voltem a se eleger. Todos os que votaram a favor do ICMS jamais descansarão em paz.
SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA
O ano de 2005, como se vê, começou com duas grandes catástrofes no RS. Uma, de ordem natural. Outra, provocada artificialmente. A primeira, a natural, é a seca prolongada, que levou mais de duas centenas de municípios a declararem situação de emergência. A segunda, a artificial, mas também de alto poder de destruição, é o aumento de ICMS, que ainda vai obrigar a Fiergs e demais entidades privadas, a declararem situação de emergência ou falimentar a muitas empresas.
ESCOMBROS
A partir daí, chego a uma péssima conclusão, definitiva: o governador Rigotto, seus secretários e muitos deputados, que se convenceram pelo trágico aumento do custo tributário, ainda não entenderam o mal que estão fazendo para o RS. Falta, certamente, consciência e discernimento, gente, para prever o desastre que vamos assistir muito brevemente. Desta vez vamos ter escombros irremovíveis, podem ter certeza.
É SÉRIO. MUITO SÉRIO!
E não se trata da velha chantagem, sempre usada pelos empresários para obter uma vantagem. Sem ressarcimentos aos exportadores, muitas empresas não poderão sobreviver. Ou fecham definitivamente as portas ou terão que buscar outro Estado onde poderão compensar o ICMS. É sério. Muito sério, o que está acontecendo.
COMPENSAÇÃO
O Governador Rigotto, ao repetir a todo instante que os demais Estados também não estão pagando o tal ressarcimento do ICMS, não imagina que as empresas prejudicadas só têm uma saída para não fecharem as portas: procurar se estabelecer onde são feitas suas maiores compras. Acolá não há a necessidade de ressarcimento em dinheiro. Basta haver a compensação do ICMS.
ATÔNITOS
O governador Rigotto, os secretários Ponte, Alberto Oliveira, entre outros, e os deputados mais identificados com o governo, repito, deixaram de pensar. Estão atônitos. A ponto de não perceberem que as reclamações não se tratam de meros desabafos ou tentativas de chantagens de descontentes. Para conseguir sobreviver, tecnicamente precisam ficar perto dos fornecedores, ou seja, com sedes nos Estados em que compram matérias primas. Os estudos e as decisões vão mostrar já, já, o tamanho do rombo.
SEM SOLUÇÃO POLÍTICA
Se tecnicamente as empresas sabem qual a decisão a tomar, politicamente o governo não mostra a solução que precisa tomar. Que muito é clara: uma reforma fiscal e tributária para valer. As causas precisam ser combatidas para reverter este crime contra a economia. E até agora nenhum movimento político está sendo promovido para uma reforma tributária e fiscal correta e definitiva. A cobrança do ICMS no destino, e não na origem, por exemplo, já acabaria com grande parte da desgraça assistida. O pior é que a Camara dos Deputados só está pensando em aumentar gastos. Todos supérfluos: seus salários, reforma dos apartamentos funcionais e outras coisas tenebrosas.